Rússia responde ataque ucraniano feito com mísseis dos EUA

Putin promove retaliação em maior ataque aéreo da guerra com 287 mísseis e drones. Bombardeio contra o sistema energético ucraniano teve grande precisão e não deixou mortos

Foto: Ministério da Defesa da Rússia

Nesta sexta-feira (13), a Rússia promoveu um massivo bombardeio à infraestrutura de energia e defesa da Ucrânia, classificado como o mais intenso ataque aéreo desde o início da guerra. A ofensiva do russo Vladimir Putin teve extrema precisão ao atacar alvos e não surgirem relatos de vítimas. Informações dão conta de que 287 mísseis e drones foram utilizados.

De acordo com o Ministério da Defesa russo, este ataque é uma retaliação aos mísseis dos Estados Unidos (ATACMS) disparados por ucranianos que atingiram uma base aérea em Rostov nesta semana. Estes mísseis tem excelente precisão mesmo a mais de 300 quilômetros de distância.

Antes dessa retaliação russa o maior ataque promovido por Putin havia ocorrido em agosto, quando foram disparados 236 mísseis somados a drones de ataque.

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Sobre os eventos dessa sexta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reduziu os números para 94 mísseis e 193 drones que, segundo o governo de Kiev, 81 mísseis e 80 drones foram derrubados pelas defesas aéreas, assim como 105 drones não atingiram os alvos.

Apesar disso, os danos causados à rede de energia foram patentes poucas semanas antes do inverno começar. A Agência Internacional de Energia Atômica teve que reduzir a geração de energia em 5 dos 9 reatores nucleares ucranianos por conta do ataque.

Com isso, grande parte da população ficou temporariamente sem energia. A empresa privada DTEK falou em sérios danos a uma de suas usinas termelétricas.

Ao passo que Putin avança pelo ar, as tropas em terra se aproximam de uma cidade estratégica, Pokrovsk. Perder este posto no leste do país classificado como “espinha-dorsal” para a defesa ucraniana, pois liga várias cidades, pode ser um duro golpe para os interesses de Zelensky, sendo um dos maiores reveses em meses de guerra.

*Com informações de agências internacionais. Edição Vermelho, Murilo da Silva

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