SUS terá reforço de 3.500 especialistas

Nova política pública investe R$ 260 milhões para ampliar acesso a médicos e agilizar diagnósticos e cirurgias em áreas com pouca cobertura médica, como Amazônia e Nordeste

3 mil vagas fomentar a formação de residentes e 500 são para provimento imediato de profissionais no SUS | Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo Lula anunciou a criação de 3.500 novas vagas para fortalecer a rede pública de saúde com foco em regiões carentes de atendimento especializado. São 3 mil bolsas para residência médica e 500 vagas destinadas à atuação imediata de profissionais já titulados no Sistema Único de Saúde (SUS).

As medidas integram o programa Agora Tem Especialistas, que tem como objetivo reduzir a fila de espera por consultas, exames e cirurgias no país. “O foco é fortalecer a Residência Médica, que considero o padrão-ouro na formação de especialistas”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta terça-feira (10). “Ao mesmo tempo, vamos buscar novas alternativas para que esses profissionais cheguem aonde a população mais precisa, onde o SUS mais precisa.”

Leia mais: Governo Lula abre 3 mil novas vagas no Mais Médicos para áreas vulneráveis

O presidente Lula (PT) também celebrou a iniciativa: “Esse programa é um sonho da minha vida. É muito importante colocar a sociedade para tomar conta de um programa como esse, chamar os especialistas para tomar conta, porque, muitas vezes, a gente sozinho não dá conta. É importante a gente confiar nas outras pessoas e fazer com que as pessoas ajudem – e utilizar todos os meios que a gente tiver”.

As 500 vagas para atuação imediata serão oferecidas por meio de edital inédito do Mais Médicos Especialistas, com bolsas de até R$ 10 mil por mês para carga horária de 20 horas semanais. Os profissionais atuarão em áreas prioritárias da rede pública a partir de setembro. Já os residentes começarão as atividades em março de 2026, conforme o cronograma da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).

Leia mais: Governo fará parceria com o setor privado para reduzir fila no SUS

A prioridade de distribuição das bolsas será para a Amazônia Legal, o Nordeste e outras regiões com número de especialistas abaixo da média nacional. Segundo dados recentes da Demografia Médica, apenas 10% dos médicos especialistas atuam exclusivamente no SUS, evidenciando o déficit em áreas vulneráveis.

Para assegurar a qualidade dos programas, o governo destinará até R$ 200 mil às Comissões Estaduais de Residência Médica e garantirá suporte a preceptores e coordenadores, com ênfase em especialidades como Anestesiologia, Patologia e Radioterapia.

Leia mais: Maior fornecedora de insulina do SUS anuncia investimento de R$ 6,4 bi no Brasil

O investimento total será de R$ 260 milhões, com expectativa de impacto direto na equidade do acesso à saúde especializada. Segundo o governo, o próximo passo será o lançamento do edital de adesão dos estados e municípios, etapa fundamental para mapear a real demanda da rede pública.

__

com informações do Governo Federal

Autor