Arca das Letras beneficia mais 150 famílias rurais do Estado

Ampliar as oportunidades culturais daqueles que vivem no campo. Essa é a filosofia do Programa de Bibliotecas Rurais Arca das Letras, que chega a mais 150 famílias de comunidades de pescadores no Estado do Rio Grande do Norte. Serão beneficiadas mais de 1

“A ação é uma representação prática do compromisso social da governadora Wilma de Faria com o desenvolvimento sustentável em áreas rurais e de pescadores, que busca a promoção dos direitos humanos e da cidadania, respeitando as singularidades culturais da população do campo”, afirma o secretário da SEARA, Canindé de França.


 


Criado em 2003 pela Secretaria de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário, o programa é executado com sucesso no Rio Grande do Norte pelo Governo do Estado, através da Secretaria de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária – SEARA, e entidades parceiras. 


 


Desenvolvido através do projeto Leituras e Linguagens: para quem é da terra fortalecer suas raízes, o programa Arca das Letras tem cumprido com o objetivo de registrar e incentivar as mais diversas manifestações artísticas do homem do campo. Desde a implantação do programa no Estado, em março de 2004, já foram beneficiadas mais de 45.000 famílias de trabalhadores rurais, com a implantação de 656 Arcas em 108 municípios. A meta para este ano é chegar a 1.000 Bibliotecas, atendendo, inclusive, a todas as comunidades rurais indígenas, as remanescentes de quilombos e as dos Programa Credito Fundiário e Banco da Terra, ações também administradas pelo governo estadual, através da SEARA.


 


“Enquanto os projetos de alfabetização cumprem o papel de erradicação do analfabetismo, o Arca das Letras contribui com o letramento, ou seja, com as práticas sociais da leitura e da escrita dos trabalhadores e suas famílias”, explica a coordenadora estadual do Programa, Sônia Paiva.


 


A metodologia do Programa garante a participação das comunidades na formação e na implantação das bibliotecas. Os moradores indicam o local de sua instalação, os assuntos de seu interesse e seus Agentes de Leitura, voluntários que são responsáveis pelo empréstimo dos livros e pelo incentivo à leitura na comunidade.


 


Conhecidas como móveis-biblioteca, as arcas foram fabricadas por sentenciados da Penitenciária Agrícola Mário Negócio, em Mossoró/RN. Por esse trabalho, eles recebem o benefício da remissão de suas penas. Cada biblioteca tem cerca de 200 títulos obtidos por doação. São livros de literatura para todas as idades, especializados nas áreas de saúde, meio ambiente, educação, técnicas agrícolas e de pesca, além de estatutos e leis brasileiras.


 


Em todo o Brasil, o Programa implantou 6.109 bibliotecas rurais em mais de 1.800 municípios. O número de livros distribuídos passa de 1,3 milhão, beneficiando acima de 700 mil famílias do campo. A administração das bibliotecas é feita por mais de 12 mil agentes de leitura, que contribuem para melhorar os índices educacionais de suas comunidades e valorizar a cultura no meio rural.


 


por Jana Sá, de Natal