Marighella, de Wagner Moura, tem tudo para se tornar um filme-evento, como foram, cada qual no seu momento, Central do Brasil, Cidade de Deus, Tropa de elite e Bacurau. Vale dizer: obras que, ao tocar em algum nervo exposto da sociedade, transcenderam o espaço específico do cinema e se tornaram fatos políticos e culturais. As pré-estreias realizadas até agora pelo país afora parecem confirmar essa hipótese.
Pela primeira vez um cineasta negro brasileiro, Jeferson De, realiza um longa-metragem sobre um importante personagem negro da história nacional
Num momento em que se discute acaloradamente a judicialização da política e a politização da justiça, não pode haver filme mais oportuno que o clássico Seção especial de justiça
‘O Tigre Branco’, de Ramin Bahrani, relata o ingresso do protagonista pobre no universo dos ricos. Comparado ao sucesso sul coreano ‘Parasita’, o lançamento da Netflix expõe a promiscuidade entre capital e poder no Terceiro Mundo.
Mais que documentário sobre o rapper Emicida, um resgate histórico e celebração da cultura negra. Há ecumenismo de ideias, mas também o “lugar de fala” da periferia. Vê-lo, ao final deste ano tenebroso, é injeção de energia e esperança
Cinema contra-ataca mostrando sua potência criativa e sua diversidade
José Mojica Marins, famoso por seu demoníaco coveiro, exitoso nas bilheterias e respeitado entre intelectuais, é aclamado por novos cineastas. Sem recursos, retratou com genialidade nosso “catolicismo macumbeiro”