1.179 mortes em 24 horas. E daí, Bolsonaro?

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No jornal alemão "Stuttgarter Zeintung" Bolsonaro recebe um aplauso macabro l Ilustração: Luff

As manchetes fúnebres dos jornalões nesta quarta-feira (20). Folha: “Pela 1ª vez, país supera mil mortes por Covid-19 em 24h”. Estadão: “Mais de mil mortes por dia e 1 a cada 7 novos casos no mundo”. O Globo: Sem ministro, país passa dos mil mortos diários. “E daí”, deve se perguntar o genocida que ocupa a presidência.

Enquanto a pandemia avança, o “capetão” Jair Bolsonaro, adepto da necropolítica, passeia de jet sky, agenda um “churrasco fake”, dispara seu piriri verborrágico constante e libera a abertura dos “essenciais” salões de beleza e academias de ginástica. E o Brasil segue sem ministro da Saúde, com um general chefiando o posto!

Com o Ministério da Saúde sob ocupação fardada, tragédia do coronavírus somou 17.971 mortos e 271.628 pessoas infectadas na terça-feira. Mas o general Pazuello, o “interino” do cargo, segue em atividade. Neste mesmo dia macabro, ele contratou mais nove milicos para ocupar cargos importantes no segundo escalão.

Repercussão na imprensa internacional

Além das manchetes locais, a tragédia da Covid-19 também é destaque na mídia mundial. O diário britânico Financial registra que “Brasil é agora o país mais afetado no mundo em desenvolvimento” e aponta que “excêntrico” Jair Bolsonaro faz “aposta arriscada com saúde de 210 milhões de brasileiros”.

Já o ianque Wall Street Journal realça que “o coronavírus se espalha rapidamente por todo o Brasil, sobrecarregando um sistema de saúde mal preparado para lidar com uma pandemia dessa magnitude e provando ser especialmente mortal para trabalhadores médicos nas linhas de frente”.

O jornal The Guardian deu na capa do seu site que Donald Trump avalia proibir as viagens ao Brasil. Para tristeza de Bolsonaro, o vira-lata sarnento dos EUA, o diário alemão Süddeutsche Zeitung também destacou a marca de mil mortes em 24 horas e a punhalada do “aliado” Trump.

O jornal argentino Página 12 registra que Bolsonaro “já nomeou nove militares em postos importantes no Ministério da Saúde, temporariamente liderado por um general”. E o também argentino Clarín entrevistou coveiros do cemitério de Vila Formosa, o maior da América Latina. “É um corpo após o outro, não paramos”.

A Associated Press, que despacha notícias para 16,2 mil sites do mundo todo, denuncia a omissão da Funai no combate à pandemia. “Infecções de indígenas cresceram em meio à lenta resposta da agência”. E o texto alerta: “A inação é suficiente para acabar com muitos povos indígenas”.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
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