Ele não sabe que a balbúrdia está no Planalto

Não dá mais para segurar a resistência ao golpe de Estado de 2016 que insiste em destruir o Brasil que estava dando certo. O Brasil que trilhava o rumo do desenvolvimento com valorização do trabalho e do combate à miséria.

Mesmo que timidamente, o Brasil que buscava proporcionar oportunidades iguais para todas e todos. O Brasil da democracia, da justiça, do respeito à cidadania e aos direitos humanos. O Brasil das mulheres, dos negros, dos povos indígenas, dos sem terra, dos sem teto, da juventude, dos LGBTs, da criançada, das professoras e professores, da educação.

Mas os sonhos de um país soberano, mais igual e mais justo foi castrado por um golpe misógino, racista, contra os interesses nacionais e contra a classe trabalhadora. Mas com a eleição de Jair Bolsonaro, as coisas ficaram ainda pior.

Ele não sabe como responder à preocupação da chanceler alemã Angela Merkel sobre a questão do desmatamento da Amazônia. Ela não sabe também se justificar sobre a advertência feita pelo presidente da França, Emmanuel Macron sobre o Brasil sair do Acordo de Paris, relativo ao clima do planeta.

Ele não sabe realmente o que está fazendo em Osaka, Japão , na reunião do G20, onde ninguém faz questão de sua presença.

Enquanto isso, o Brasil segue em crise e a receita ultraconservadora de seu desgoverno está levando o país ao precipício. E ele não sabe o que fazer com o ex-juiz e ainda ministro da Justiça Sergio Moro em meio ao maior escândalo do Judiciário brasileiro no processo da Operação Lava Jato.

Ele não sabe como responder aos vazamentos divulgados pelo Intercept Brasil desnudando o caráter totalmente partidário e ilegal das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 73 anos, preso há mais de um ano, na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba.

Ele não entende nada de economia, ele não sabe nada de educação ele não quer manter o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores serviços públicos de saúde do mundo, porque ele não quer saúde pública para engordar os bolsos dos barões da saúde.

Ele não quer cultura. Ele não prestigia o futebol feminino, ele não sabe fazer flexões como tentou impingir essa marca em seu desgoverno. Um desgoverno que corta verbas das universidades públicas para entregá-las ao setor privado, acabando com a pesquisa científica no Brasil. Ele não sabe a importância da ciência.

Ele não quer a Petrobras, para entregá-la a petrolíferas estrangeiras ainda com mais ganância do que fez o seu antecessor, o golpista Michel Temer. Ele não sabe como lidar com as idiossincrasias do seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, tão sem educação e sem preparo para qualquer cargo público ou não.

Ele não quer pobre na escola porque para o seu desgoverno, pobre não tem que estudar para não ter conhecimento e assim não ter cidadania e não defender seus direitos. Ele não quer bagagem com mais de 10 quilos nos aviões, mas ele não sabe o que responder sobre o sargento da Aeronáutica preso na Espanha traficando 39 quilos de cocaína num avião da Força Aérea Brasileira, pertencente à comitiva presidencial.

Ela não sabe que nas universidades, os estudantes estudam e não fazem balbúrdia como afirmou Weintraub para escapar às críticas aos severos cortes na educação pública.

Ele não governa, tuíta o tempo todo, procurando sempre uma maneira de ludibriar a opinião pública e manter seus seguidores cegos, surdos e mudos quando se refere à críticas a seu desgoverno.

Ele não sabe explicar as relações seu filho, o senador Flávio Bolsonaro com seu ex-assessor Fabrício Queiroz. Ela não sabe onde está o Queiroz.

Ele não sabe quem mandou matar a vereadora Marielle Franco. Ele não sabe também justificar os reais motivos de uma reforma da previdência perversa com os mais pobres e indulgente com os mais ricos.

Ele não vê que o país vive um dos piores momentos de sua história e ele não sabe de nada.

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