Não, vai ter Copa!

Chegando a metade dos jogos previstos na Copa do Mundo de 2014, temos visto algumas surpresas futebolísticas que há muito tempo não víamos no Mundial! Um Chile mutante treinado pelo argentino Jorge Sampaoli, onde ocorrem variações táticas dignas da famosa laranja mecânica de 1974, uma Espanha envelhecida e humilhada, fazendo a pior campanha de sua história, uma Gana capaz de dar sufoco nos tricampeões alemães, uma França demolidora no ataque

Estádios lotados, bandeiras do Brasil pelas janelas, recordes de turistas nas cidades sede, organização recebendo elogios no mundo todo, receptividade brasileira conquistando os gringos e latinos, aeroportos sem caos aéreo e festas e mais festas para assistir não só o Brasil, mas a grandes jogos e jogadores nas terras brasileiras.

Agora eu me pergunto: Se está tudo dando tão certo, por que a velha mídia ficou noticiando, especialmente ao longo do último ano que nada daria certo? Por que setores extremistas arranjaram um slogan de “Não Vai Ter Copa” patrocinando Black Blocks e outros tipos de arruaceiros a depredação do patrimônio público e privado?

A resposta para cada um dos casos é simples: No primeiro, as grandes corporações midiáticas e seu candidato do PSDB, precisam que algo não dê certo no governo que tirou 20 milhões da miséria e criou o REUNI e PROUNI para buscarem votos. Controlada por seis famílias, estes veículos de comunicação se preocupam enormemente que o governo brasileiro faça o mesmo que fez nossos irmãos argentinos, a chamada “Lei dos Meios de Comunicação”.

Os canais de TV, emissoras de rádio e demais meios, são públicas, são concessões feitas pelo Estado brasileiro a empresas privadas para seu uso durante certo tempo. Entretanto, por ser público, isto precisa ser regulado, nãoé correto uma emissora repassar notícias falsas ou mesmo ocultar fatos tendo por trás um viés político.

Precisamos de emissoras que trabalhem a serviço da verdade, sem estarem interessada em seu benefício próprio, como no caso das emissoras Globo, que estão sonegando impostos há anos e ninguém faz nada.

Certamente que é necessário, para isso, vontade política, algo que infelizmente
faltou ao governo (especialmente ao Ministério das Comunicações) uma medida mais enérgica contra isto, criando uma Lei que regulamente de fato a Mídia! E não é por falta de aviso ou pressão, pois os Movimentos Sociais tem questionado de maneira significativa o governo federal acerca desta pauta.

Quanto aos setores extremistas que, ou por ingenuidade ou por má fé, engoliram o discurso global e começaram a vociferar o tal do “Não Vai Ter Copa”, foi só a Copa do Mundo se iniciar para vermos uma das cenas mais engraçadas para quem acompanha a política de perto: estas mesmas pessoas torcendo e postando nas redes sociais fotos e comentários sobre o evento ou ainda indo assistir a jogos em lugares públicos, tentando comprar ingressos de última hora e entoando gritos de guerra a favor desta mesma Copa. Ou é ser muito bobo ou ser muito hipócrita agir desta forma…

O caso mais expresso foi à retirada da candidatura a presidente do senador
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) com uma carta onde faz a mea culpa por ele e sua corrente interna do PSOL terem participado desta irresponsável campanha. Eu particularmente acho uma atitude muita digna deste cidadão, afinal de contas nunca é tarde para reconhecer os erros e buscar formas de consertar bobagens ditas ou realizadas anteriormente.

Uma pena, que este senador seja apenas uma das únicas pessoas públicas a terem hombridade de dizer “Eu errei”. Setores midiáticos e da extrema esquerda, ainda permanecem tentando criar factoides sobre a Copa, como por exemplo, o caso dos 80 chilenos que tentaram invadir o Maracanã pela sala de imprensa (por ser um evento da Fifa, a responsabilidade de segurança nos estádios é desta entidade e não do poder público brasileiro) ou do cano que estourou molhando a sala de imprensa em Natal, problema resolvido em menos de 10 minutos, mas que foi usado com o intuito de alimentar nosso Complexo de Vira Latas para o mundo.

Por fim, cabe observarmos a verdade: a Copa do Mundo do Brasil é uma realidade, um sucesso de público e audiência e as pessoas que sempre lutaram por um país mais justo, não pararam ou pararão de lutar pelo simples fato de sediarmos um evento mundial de grande porte. Ao invés de setores sectários gritarem: “Na Copa vai ter luta”, deveriam gritar: “ Na Luta Vai ter Copa”. Devido ao grande acontecimento que tem sido a “Copa das Copas”, acho que o slogan que “a turma do contra” cantou durante um bom tempo tinha um erro de português, faltava uma vírgula, o certo seria (e é) “ Não, Vai ter Copa!”, a Copa
das Copas.

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