Nem decisão, nem indefinição!

O quadro eleitoral no Paraná continua sem uma decisão final no tocante às candidaturas para o governo do Estado e Senado.

Digo sem decisão, porém sem indefinição. Em primeiro lugar, porque temos um nome que é aceito por todas as legendas da atual base de apoio do presidente Lula e que já definiram seu apoio à candidata Dilma Rousseff, trata-se do senador Osmar Dias (PDT). Portanto há um nome e um conjunto de partidos dispostos a apoiá-lo: PT, PDT, PMDB, PR, PCdoB, PSC e PRB. Em segundo lugar, temos dois nomes fortes para a disputa do Senado: Gleisi Hoffmann (PT) e Requião (PMDB), unificando os objetivos e projetos das maiores legendas da virtual aliança.

Terceiro, o atual governador do estado, Orlando Pessuti (PMDB), já manifestou que abriu mão da disputa, e seu partido na convenção de domingo decidiu pela tentativa da aliança no pleito das bancadas de deputados (federal e estadual) e do candidato ao Senado, o ex-governador Requião. Ou seja, com todo esse cenário, depende a conclusão do processo da atitude de Osmar Dias, da sua disposição e vontade de enfrentar o tucanato.

O factóide do lançamento de Álvaro Dias, para compor a chapa de Serra, na condição de candidato a vice-presidente, tem por objetivo deslocar a pretensão do DEM de ocupar essa posição no plano nacional. Serra sabe através, de pesquisas, o peso negativo que o DEM agrega para a sua campanha. No entanto, o vazamento da manobra atiçou a ira do aliado e fragilizou mais ainda a campanha da coligação demotucana.

Continuaremos insistindo no mantra: o palanque unificado abre caminho para uma vitória no plano estadual – eleição para o governo do estado, a possibilidade da eleição de 2 senadores, e a conquista de uma numerosa bancada de deputados estaduais e federais. Até agora ninguém abriu mão das suas pretensões e projetos eleitorais. O próprio Osmar Dias continua afirmando que é candidato ao governo, os partidos aliados deixaram as suas decisões em aberto, e há um curso político real e objetivo que nos empurra para a formatação da grande aliança.

Abrir mão desse caminho é entregar de bandeja o governo do estado para a oposição e cairmos no salve-se quem puder!

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