O novo salário mínimo

No sábado passado, dia 1º de março, o salário mínimo nacional passou a valer R$ 415 com a edição de medida provisória reajustando o seu valor.

A medida provisória precisou ser editada para que se cumprisse o duplo acordo entre as centrais sindicais unidas e o governo federal: o reajuste do salário mínimo garantirá aumento real (descontado a inflação) equivalente ou superior ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos atrás e deverá valer, este ano, no primeiro dia de março. Como o Senado não conseguiu votar em tempo hábil a lei do salário mínimo com estas medidas, tornou-se obrigatória a edição da medida provisória para que o combinado valesse.


 



Com a máquina de calcular na mão confirmamos que o reajuste do mínimo foi de 9,2% com um ganho acima da inflação de 4,0% (o PIB de dois anos atrás havia crescido 3,75%).


 



Agora, se fizermos as contas em dólares (como gostava de fazer o saudoso Brizola) o valor do salário mínimo brasileiro superou a marca dos 200 dólares valendo na cotação do dia 29 de fevereiro, exatamente, 245, 56 dólares. Este resultado é decorrente de dois fenômenos: o salário mínimo subiu e o dólar caiu.


 



O novo valor do salário mínimo deve fazer circular na economia imediatamente e nos próximos 12 meses mais de 21 bilhões de reais, considerando que 45 milhões de pessoas recebem o piso (entre trabalhadores da ativa, formais e informais e aposentados e pensionistas). É o mais abrangente acordo salarial do mundo e aqui dentro de casa supera, em ganhos reais, os reajustes obtidos pela quase totalidade das categorias de trabalhadores em suas negociações salariais.


 



Uma última observação. Aqui em São Paulo o salário mínimo nacional de R$ 415 superou o valor atual de R$ 410 do salário mínimo regional; vale desde já o maior valor.



 

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