O SUS e o raio privatizador de Paulo Guedes

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O ministro da economia, Paulo Guedes - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A proposta de Paulo Guedes para privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS) demonstra o desprezo do superministro da economia em relação a tudo que é do Estado. Segundo promessas ainda em 2018, ele privatizaria todas as empresas públicas caso conseguisse, porém a realidade não permitiu que tudo ocorresse como imaginara. A alternativa, apoiada em autorização do STF, é o fatiamento e venda dos ativos promovidos pela equipe econômica de Guedes. Agora o mesmo acontece com o SUS.

O decreto publicado ontem pelo presidente Bolsonaro a pedido de Paulo Guedes, desconsiderando a legislação e determinações constitucionais, autorizava a introdução do capital, gestão e empresas privadas na área da saúde. Interferir na natureza pública de um sistema de saúde reconhecido como referência no mundo todo e que oferece um serviço essencial no meio de uma crise é uma irresponsabilidade, para dizer o mínimo. O ministro da economia quer oferecer mais um naco de um serviço público assegurado na constituição para o capital privado.

As reações foram amplas e generalizadas. A rejeição da proposta pela sociedade civil e as respostas da oposição, dos movimentos sindicais e dos profissionais da saúde foram de tal ordem que derrubaram o decreto em menos de 24h.

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