Qualificação

O jornal O Globo começou a publicar no domingo, dia 28, uma série de reportagens e materiais com o título provocativo “Apagão de mão-de-obra”.

Assim começa a série: “somos 183 milhões de brasileiros. Em idade para trabalhar, 125 milhões e, por incrível que pareça, falta gente para o país crescer. Depois de duas décadas com a economia rateando, bastaram três anos de crescimento forte e contínuo para as empresas esbarrarem na dificuldade de encontrar profissionais qualificados”.


 



Qualificação, esta é a palavra chave.


 



É preciso qualificar os trabalhadores com educação formal (escolar) e educação profissional. Um grande esforço deve ser feito para, juntamente com a luta pelas reivindicações salariais e pela melhoria das condições de trabalho, obter-se a qualificação da mão-de-obra.


 



É incompreensível, por exemplo, o corte indiscriminado de recursos do governo federal para o treinamento e qualificação de trabalhadores. Ao contrário de serem cortados, estes recursos devem aumentar e serem colocados a serviço de amplos programas de formação, de treinamento e de qualificação.


 



Se isto é verdade, no que se refere à economia e à situação dos trabalhadores, é mais verdade ainda quando nos referimos ao próprio movimento sindical.


 



Em uma conjuntura favorável, com bandeiras de luta que vão se concretizando na prática, o diferencial para o movimento, ou seja, aquilo que determinará o alcance das vitórias é a própria qualificação dos ativistas e dos dirigentes.


 



Este deve ser o tripé no qual o movimento sindical se apóia: unidade de ação, mobilização de base e qualificação profissional e sindical.

As opiniões expostas neste artigo não refletem necessariamente a opinião do Portal Vermelho
Autor