Risco de apagão exige mais Estado

Nas últimas semanas, os noticiários têm mostrado a crise hídrica no Brasil e no mundo, o que reduz significativamente o nível dos reservatórios de água e, consequentemente, a geração de energia

Foto: Rodolfo Clix

Nas últimas semanas, os noticiários têm mostrado a crise hídrica no Brasil e no mundo, o que reduz significativamente o nível dos reservatórios de água e, consequentemente, a geração de energia. Tal fato preocupa por relembrar as condições em que o Brasil se encontrava no apagão de 20 anos atrás, no governo de Fernando Henrique Cardoso.

À época, a crise hídrica se combinou com a política de austeridade fiscal do Governo Federal, que retirou recursos públicos da geração de energia, deixando-a fragilizada e sem alternativas frente a crise nos reservatórios.

Em comparação a 20 anos atrás, o país, hoje, tem um número consideravelmente maior de indústrias e residências, portanto teve um crescimento no consumo energético, que não foi acompanhado por uma dinamização das fontes de geração de energia. Com a privatização da Eletrobras, o Brasil ficará em grande medida rendido aos interesses do setor privado, que terá em suas mãos o poder de decidir sobre tarifas, condições e investimentos.

É preciso que o Brasil vá além do setor privado e retome o investimento público em geração de energia, aumentando suas fontes, para de garantir esse importante recurso para a atividade econômica e dar resposta ao desemprego e à desigualdade social.

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