Houve um tempo em que o socialismo era o destino infalível, uma poderosa força da natureza, o destino último e de redenção de todos os povos. Tão forte era esse destino, e tão determinado e inescapável o seu realizar, que alguns de nós chegamos a pensar que o capitalismo cairia de podre. Outros, mais artísticos, julgávamos que a nova humanidade viria como uma metamorfose natural, da crisálida morta para a borboleta rubra. Esse futuro passou.
Li outro dia que Coelho Neto deixou setenta e quatro títulos publicados. Senti vergonha. Moro desde 1984 na Rua Coelho Neto e jamais li qualquer coisa escrita pelo homenageado. Dele sabia ter sido um combativo abolicionista e pertencido à geração de Olavo Bilac e José do Patrocínio. Jornalista, escritor, gestor público. Só.
Dona Eleonora, de Gurupi(TO), estava na Praça dos Três Poderes, defronte ao Palácio do Planalto, quando o então presidente Lula passou a faixa de chefe da nação a Dilma Rousseff. Mesmo um pouco distante, ela se concentrava no que ocorria no púlpito do Palácio. No passar da faixa, dona Eleonora chorou copiosamente.
As mensagens da Presidente Dilma são as melhores promessas de Felizes Novos Anos para o Brasil que já se sentia valorizado pelos governos de Lula. Para que o processo de dignificação de todo o povo brasileiro seja prosseguido precisaremos participar com vontade e coragem do caminho agora conduzido por Dilma. Como disse Lula, “os inimigos são os mesmos e ela enfrentará ainda o forte preconceito contra as mulheres no poder”.
“Mas o caminho para uma nação desenvolvida não está somente no campo econômico. Ele pressupõe o avanço social e a valorização da diversidade cultural. A cultura é a alma de um povo, essência de sua identidade.
Nos últimos oito anos, o governo Lula ampliou, e muito, a democracia em nosso País. Nunca se respirou tanta liberdade. Porém falta muito a ser feito para que a democracia seja consolidada. Este deve ser o grande legado da presidenta Dilma Rousseff para as futuras gerações.
Nossa conhecida SIP, a Sociedade Interamericana de Imprensa [ver, neste OI, "As lições de democracia da SIP"], divulgou, de sua sede em Miami, Estados Unidos, no último dia 27/12, que 2011 será o "Ano pela Liberdade de Expressão".
A chegada de um novo ano marca o alvorecer de um novo tempo e a possibilidade de melhores dias, nem sempre concretizáveis, mas a esperança é daquele tipo "vai que acontece?". Há quem diga que é babaquice a euforia no romper do Ano Novo. Tenho sentimentos ambíguos a respeito. Depende da lua em que estou. No geral, acho que há o que comemorar ter "rompido" o Ano Novo. Em linguajar do sertão maranhense, romper o Ano Novo é a dádiva de estar vivo.
Acompanhei, como milhões de brasileiros, a posse da presidenta Dilma Rousseff, todos os passos e o roteiro do protocolo.