A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Alexandre Ganan de Brites Figueiredo

Advogado, bacharel em História e doutor em Integração da América Latina pelo PROLAM (Program de pós-graduação em Integração da América Latina) da Universidade de São Paulo (USP).
Macri e Temer abrem disputa pelo prêmio de melhor capacho do império

No início da semana passada, o governo argentino anunciou oficialmente um acordo para a instalação em seu território de uma base de operações da DEA, sigla em inglês para Drug Enforcement Administration, a agência antidrogas do Estado norte-americano. Mais especificamente, essa base se localizará na Tríplice Fronteira, região de importância central para a geopolítica do Cone Sul.

Contra o neoliberalismo, radicalizar a democracia!

Em regra, um regime autoritário procura suprimir o poder popular amparando-se em um argumento apresentado como “técnico”. A concentração do poder em poucas mãos não se deve, segundo esse argumento, ao impedimento da democracia, mas sim a uma necessidade.

Eleições no México, espelho para o Brasil

"Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”.

As falsas promessas do (neo) liberalismo

O “fim da história” teria chegado com o fim da União Soviética, escreveu Francis Fukuyama em 1989, imaginando a derrota final dos oponentes do capitalismo. Para ele, as ideologias, em seu enfrentamento dialético teriam atingido sua síntese final na universalização da "democracia liberal". 

Acordo com União Europeia é nocivo para o Mercosul

No primeiro final de semana deste mês, paralelamente à Cúpula da Organização Mundial do Comércio (OMC) realizada em Buenos Aires, foram retomadas as tratativas para a assinatura de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Sobre a mesa há propostas que envolvem a derrubada de tarifas para bens, serviços, investimentos e até compras governamentais.

A China diante da armadilha de Tucídides

“Quando reina o grande Tao o mundo pertence a todos”. Xi Jinping, o reeleito presidente da China, escolheu essa citação clássica para encerrar seu discurso ao plenário do 19º Congresso do Partido Comunista ocorrido em meados de outubro.

Brasil e América Latina: desencontro a favor de quem?

A despeito de seus próprios interesses, o Brasil possui uma longa história de desencontros com a América Latina, a começar pelo conceitual. A ideia de uma América “latina” em oposição a uma “anglo-saxônica” surgiu em meados do século XIX. A origem da expressão é objeto de estudos e polêmicas.

No tabuleiro da Ásia, a quem interessa jogar a carta da guerra?

Em abril deste ano, no curso da guerra síria, os EUA lançaram um ataque estrondoso e midiático contra uma base aérea em Homs. Alegava-se uma retaliação contra o uso de armas químicas, cujo autor ainda não foi devidamente identificado. O espantoso número de 59 mísseis tomahawks lançados sobre um aeroporto reforçava tanto o espalhafato como a vontade do novo governo norte-americano de mostrar que “não estava para brincadeiras”.

Um monumento suspenso no ar: batalhas pela memória na América

Um monumento pairou suspenso sobre Buenos Aires e sobre a memória e consciência da América. O episódio, ocorrido há um mês, se originou de uma batalha um pouco mais antiga: em 2015, por iniciativa do governo central, então presidido por Cristina Kirchner, foi retirada uma escultura em homenagem a Cristóvão Colombo da praça localizada logo atrás da Casa Rosada.

A estratégia “bolivariana” da União Europeia

“Sem estratégia só existe a deriva”, escreveu Paul Kennedy, autor de Ascensão e Queda das Grandes Potências. E a deriva é o maior risco para os Estados na arena internacional. Muitas vezes, a ausência de clareza estratégica própria é antessala da captura pela de terceiros.

Na mesa, a Venezuela. Mas, não só!

Há pouco mais de um mês, o presidente norte-americano disse que os Estados Unidos não descartam uma intervenção militar na Venezuela.

Içar as bandeiras e atravessar a tempestade!

A América Latina vivencia, atualmente, um cenário político adverso para o projeto de integração. A ascensão de governos conservadores e comprometidos, no âmbito das relações exteriores, com linhas traçadas desde fora do continente, tem provocado um refluxo no ímpeto unionista dos primeiros dez anos do século.

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