s circunstâncias em que foi derrubado o ex-diretor geral da Polícia Federal deixam claro que o presidente Bolsonaro entra em pânico quando desconfia que pode haver investigação criminal sobre seu entorno.
A postura de Bolsonaro é enganosa e, por conta disso, é preciso desobedecê-lo.
Ulysses foi o presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1987/88. Sob seu comando, a Constituinte vivenciou a atividade democrática mais fecunda da história do país. Como constituinte e líder da bancada do PCdoB naquela assembleia, acompanhei de perto como nosso povo se esforçou na atividade constituinte. O resultado foi um texto que tem suas debilidades, sem dúvida. Mas que foi uma vitória.
“Ao invés de se pretender acabar com o regime de partilha no pré-sal brasileiro, esforço deveria ser feito para aperfeiçoá-lo”.
Desde seu início, o governo Bolsonaro surpreendeu e chocou pelo baixo nível cultural de seus componentes e pelas opiniões tresloucadas de seus mentores. Sob certo aspecto, parecia a composição burlesca de um teatro de comédia com palhaços chinfrins. Mas apenas parecia – porque o palco desse teatro bufa era o governo do Brasil.
"Seria um desatino se o sistema de partilha da produção fosse substituído pelo de concessões no pré-sal no Brasil".
Haroldo Lima fala sobre o caos político no Equador como resultado de medidas antipopulares típicas da direita americanista e destaca a vitória do povo. Critica a diplomacia brasileira, que “segue sua trajetória vergonhosa, desta vez tomando partido contra o povo equatoriano e abrindo mão de sua equidistância costumeira e estratégica para mediar conflitos”. Na avaliação de Haroldo, o Brasil, “conduzido por delirantes”, só se apequena perante o mundo. Assista a íntegra do vídeo:
A visão deformada de Bolsonaro sobre o mundo democrático, suas instituições e o passado histórico é campo fértil para discursar ficções como a de que a economia brasileira está reagindo. Sobre a repercussão das queimadas na Amazônia, disse que foi sensacionalismo e que agride a soberania nacional. Para Haroldo, “é muito suspeito nossa soberania ser defendida por alguém que bate continência à bandeira norte-americana e se comporta como capacho dos EUA”.
O nepotismo exacerbado do Bolsonaro indicando seu filho Eduardo, o 03, para embaixador em Washington, é um problema grave, acentuado pelo enorme despreparo do 03 para o cargo. Mas a rumorosa indicação é um projeto da ultradireita americana para garantir a submissão da América do Sul aos desígnios do seu país, reduzindo esse subcontinente ao que foi em tempos passados, um quintal dos Estados Unidos.