Todo candidato necessidade sustentar um discurso – a um só tempo correto, coerente e permeado por propostas factíveis. Mais: é preciso difundi-lo em termos compreensíveis e capazes de atrair apoios e, se possível, emocionar o eleitor.
Um artifício comum usado pelos que se sentem em inferioridade numa polêmica é a velha e simples tergiversação. E o modo mais primário de tergiversar é fugir ao âmago da questão, lançando mão de argumentos diversionistas.
Recorro aos sites de busca na internet, sempre mais atualizados do que meus velhos livros de medicina, na estante há mais de vinte anos e apenas de vez em quando consultados (como muito prazer, diga-se) e fico sabendo que das 1.739.600 espécies de seres vivos indentificados, os vírus representam 3.600 espécies. Virgem Maria!
O tema é inevitável nesse tempo de peleja eleitoral. Está na boca dos candidatos, dos chamados cientistas políticos e se espraia por parcelas da opinião pública mais atentas. Vale a mais a mídia ou a rua na conquista do eleitorado?
Bem que cabe um fundo musical na voz de Paulinho da Viola: “– Olá! Como vai?/– Eu vou indo. E você, tudo bem?/– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro…”. Em pouco mais de um minuto, às vezes menos, o breve diálogo se dá assim em poucas palavras, na distribuição do jornal de prestação de contas do nosso mandato de vereador no Recife e agora, a campanha em andamento, panfletos da candidatura a deputado estadual.
Refiro-me a campanha de candidato proporcional – ou seja, no pleito atual, a deputado estadual e federal. E, obviamente, excluo postulantes que optam por comprar a preços inconfessáveis votos que lhe darão o mandato. Falo de candidatos de raízes e compromissos populares.
É sempre oportuna a releitura da História – sobretudo quando nos deparamos com um novo ciclo de mudanças, como ocorre no Brasil de hoje. Pois a cada fase da trajetória de um país e de um povo é possível, e necessário, olhares renovados sobre o que se passou com o fito de melhor discernir, no presente, o futuro que desejamos.
Foi em 1954, bairro da Lagoa Seca, Natal, RN, a minha primeira Copa do Mundo. Quase nada entendia de futebol. Mas aquela movimentação toda despertou no garoto de apenas oito anos sentimentos nunca antes experimentados.