A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Luciano Siqueira

Médico, membro do Comitê Central do PCdoB e secretário nacional de Relações Institucionais, Gestão e Políticas Públicas do partido, foi deputado estadual em Pernambuco e vice-prefeito do Recife.
Uma categoria política superior

Num ato público destinado a lançar as teses do penúltimo congresso do PCdoB, no Recife, alguns anos atrás, o presidente nacional do Partido, Renato Rabelo, dirigindo-se aos muitos representantes de outros partidos presentes, afirmou que para os comunistas aliança é uma categoria política de nível superior: concertamos acordos em torno de propostas programáticas e as defendemos de maneira sincera e acima de tudo leal em qualquer circunstância.

Dilma e o fator PCdoB

Numa fase pré-eleitoral, Miguel Arraes preparava-se para disputar pela terceira vez as eleições para o governo de Pernambuco – que venceria – e insistiu para que eu presenciasse um encontro que teria com a direção estadual do PT, na ocasião representada pelo então deputado estadual João Paulo e mais doze militantes. A conversa girou em torno de critérios para a composição da chapa majoritária, o PT manifestando o desejo de indicar um dos seus quadros para o cargo de vice-governador.

Tamarineira entre o verde e o lucro

O ótimo deveria ser bom para todos. Simples? Claro que não. Mas bem que se essa idéia prevalecesse na ocupação e uso do território da cidade muitos equívocos poderiam ser evitados – tanto em intervenções urbanísticas de responsabilidade do poder local, como em empreendimentos privados. No entanto, há sempre a incidência de um conjunto de variáveis que via de regra coloca em pólos opostos a reprodução do capital versus o direito de todos à cidade saudável.

A quem interessa uma UNE porra-louca?

Vejam essa manchete do Jornal do Commercio (do Recife): ‘O “protesto chapa-branca” da UNE’. Em boa técnica jornalística, “protesto” e “chapa-branca” aí estão como convite ao leitor, pelo contraditório, a formar antecipadamente um juízo de valor depreciativo sobre a União Nacional dos Estudantes e o evento ocorrido na tarde da última terça-feira na capital pernambucana.

Com o Programa do PCdoB na mão

Lá pelo início dos anos 70, circulando pela região em trabalho político clandestino, sentia-me de certo modo incomodado quando um ou outro simpatizante que nos abrigava em sua casa (correndo riscos) me perguntava sobre o que pretendia mesmo o PCdoB. De pronto em falava em derrubar a ditadura militar, mas em seguida vinha a pergunta embaraçosa: “E depois, o que vocês querem fazer com o país?”

Ideologia, política e eleições

Recorrente em certos círculos a afirmação de que "no Brasil já não se fazem alianças ideológicas" nas eleições. E a coisa é dita não raro com certa empáfia por 'cientistas políticos" sempre prontos a destilar diatribes contra os partidos políticos, sem considerar a história real. Nem a verdadeira natureza da conjugação de forças na peleja eleitoral.

A direita, a esquerda e os que fogem do assunto

Ariano Suassuna costuma dizer que quando escuta alguém defender a “tese” de que não há mais esquerda nem direita, de olhos fechados ele vê que o dito cujo já foi de esquerda e migrou para a direita. E deseja embaçar a triste travessia aos olhos de quem o observa.

Programa, partido e governo

Que a grande mídia bata forte no PT, em Lula e Dilma e que os porta-vozes demo-tucanos também o façam, tudo bem. Faz parte do jogo pesado da sucessão presidencial. Mas não precisa atravessar o samba tanto assim.

Cada cabeça uma sentença e duas ideias opostas

A primeira parte do título é expressão é muito comum, usada para justificar a multiplicidade de opiniões em relação à vida. Via de regra argumento simples para a defesa da pluralidade partidária: se o Brasil é imenso e complexo, natural que na busca de compreender e transformar (ou não) a realidade surjam diversas correntes de pensamento. E que se traduzam através de partidos políticos.

Carnaval, dever e prazer

Primeiro, estejamos de acordo que carnaval é antes de tudo prazer. Dever apenas para os que, por ofício ou necessidade, atravessam os dias de Momo envoltos em obrigações profissionais.

Os gordos também amam

Vi outro dia na TV que empresas aéreas cobrarão 75% a mais do valor da passagem dos gordos que não conseguirem se acomodar confortavelmente no assento. A Air France parece que é a primeira a proceder assim. Em vôos internacionais e domésticos.

Tapioca: ciência e arte

Com movimentos ágeis põe o queijo, dobra a massa, enrola numa folha de bananeira e a oferece ao freguês: – Pronto, doutor, está no ponto. E não é para me gabar não, mas duvido quem faça melhor.

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