Lembro-me de Miguel Arraes, que ao retornar do exílio e após meses de conversas no intuito de se reintegrar à cena política, nos dizia que as palavras pareciam ter perdido o sentido após quase duas décadas de regime militar. Ele se referia a certas teses de sentido nacionalista e à defesa da economia regional, substituídas pela acomodação ao modelo econômico dependente em vigor.
Anteontem, tomava anotações para uma discussão sobre a conjuntura política com membros da equipe gestora da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Recife, e me veio à mente o diálogo mantido nos idos dos oitenta, quando deputado, com um professor da rede pública.
Tempo de greve dos bancários, tempo de breve reflexão sobre o papel dos bancos no Brasil.
Como antigamente. Afinal, a História se repete, mesmo como farsa, não é? Tal como a UDN, partido da elite direitista articulada com o grande irmão do norte, a oposição demo-tucana faz muito barulho, carece de propostas consistentes para o país e adora seguir o império norte-americano, mesmo quando se trata de defender golpes de Estado, esse anacronismo que teima em recrudescer de vez em quando em nosso subcontinente.
Como antigamente. Afinal, a História se repete, mesmo como farsa, não é? Tal como a UDN, partido da elite direitista articulada com o grande irmão do norte, a oposição demo-tucana faz muito barulho, carece de propostas consistentes para o país e adora seguir o império norte-americano, mesmo quando se trata de defender golpes de Estado, esse anacronismo que teima em recrudescer de vez em quando em nosso subcontinente.
Na verdade, deve muitas autocríticas perante o povo brasileiro. Mas será cobrar em excesso que faça todas. Por hora, basta uma.
A pergunta me ocorreu ao intervir em aparte ao vereador Josenildo Sinésio, líder do governo na Câmara Municipal, que fazia longa prestação de contas das realizações do prefeito João da Costa e equipe nos seus seis primeiros meses de atuação, sob questionamento da bancada oposicionista
A pergunta vem a propósito de dar o tom da conversa, no do programa de entrevistas Opinião Pernambuco, na TV […]
Tudo é uma questão de perspectiva. Ou quase tudo. Pelo menos quando se trata da luta imediata em torno de bandeiras que nos parecem corresponder às exigências do desenvolvimento do país. As reformas estruturais, por exemplo: a agrária, a tributária, a urbana, a educacional, a política e a dos meios de comunicação.
Sobre a necessidade de se considerar a realidade como ela é, e não como a idealizamos, já se disse e se escreveu muito. Dependendo do estado de humor ou do ambiente, se austero ou descontraído, tanto podemos citar Plekhanov, para quem se deve lutar “com as quatro patas assentadas na realidade” ou o amigo poeta e ex-companheiro de cadeia Marcelo Mário de Melo, que costuma dizer que o problema de uma certa esquerda atuante no país é justamente “a maldita realidade, que teima em mudar”.
Não é propriamente na crise do Senado, mas no noticiário sobre o assunto. Dou um doce a quem achar na grande mídia qualquer observação sobre a verdadeira questão que está em jogo quando senadores oposicionistas e governistas trocam mútuas acusações de práticas incorretas – ou seja, a disputa pela presidência da Casa.
Essa é uma expressão popular muito comum em terras nordestinas e sugere que ninguém fique zanzando por aí sem saber nem ter o que fazer, à margem das coisas que dão sentido à vida.