A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Manlio Dinucci

Jornalista, geógrafo e cientista político. Escreve regularmente no jornal italiano Il Manifesto
Goldman Sachs – Otan S/A

Depois de ser secretário geral da Otan de 2009 a 2014 (sob comando estadunidense), Anders Fogh Rasmussen assumiu o posto de consultor internacional da Goldman Sachs, o mais poderoso banco dos Estados Unidos.

O cogumelo ainda está sobre nós

“É uma bomba atômica, a força da qual o sol extrai o seu poder”: assim o presidente Harry Truman descreve a terrificante arma que, em 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos atiram em Hiroshima, seguida dois dias depois por uma bomba de plutônio em Nagasaki.

O antiterrorismo da Otan 

 "O terrorismo constitui uma ameaça direta contra a segurança dos países da Otan”, declarou o Conselho do Atlântico Norte ao condenar “os ataques terroristas contra a Turquia” e ao comprometer-se a acompanhar de muito perto as operações na fronteira oriental da Otan. 

Pacto militar Grécia-Israel

Quando o governo Tsipras se instaurou na Grécia, soaram sinais de alarme em Israel: O partido Syriza, apoiador da causa palestina, pedia para pôr fim à cooperação militar da Grécia com Israel. Em face da brutal repressão israelense contra os palestinos, advertia Tsipras, “não podemos ficar passivos, porque o que ocorre na outra margem do Mediterrâneo pode acontecer na nossa margem amanhã”.

A União Europeia se alista na Otan

Não será apenas uma das maiores manobras militares da Otan a “Trident Juncture 2015” (TJ15), em que de 28 de setembro a 6 de novembro estarão empenhados sobretudo na Itália, na Espanha e em Portugal mais de 230 unidades terrestres, aéreas e navais e forças de operação especial de mais de 30 países aliados e parceiros, com 36 mil homens, mais de 60 embarcações e 140 aviões de guerra, além da indústria militar de 15 países para avaliar de quais armas necessita a Aliança.

A Europa ainda na primeira linha do confronto

Enquanto as atenções políticas e midiáticas se concentram em Bruxelas, onde se está decidindo o futuro da Grécia, continua-se a ignorar que em Washington decide-se o futuro da Europa. Por meio da Otan, sob o comando estadunidense, da qual fazem marte mais de três quartos dos países da União Europeia. Os últimos acontecimentos, transcorridos praticamente em silêncio, confirmam isto.

A Grécia na sombra de “Prometeu”

A disputa “cabeça a cabeça” no referendo grego, propagandeada pela grande mídia, revelou-se uma sonora cabeçada na parede para os promotores internos e internacionais do “Sim”. O povo grego disse “Não”, tanto às medidas de “austeridade” impostas pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), como também, de fato, a um sistema – o capitalista – que sufoca a democracia real.

O longo braço da Otan

“Violência repugnante”: foi assim que o secretário geral da Otan, Jens Stoltenberg, definiu o ataque terrorista na Tunísia. Apaga com uma esponja o fato de que a reação em cadeia, de que a tragédia da Tunísia é um dos efeitos, foi posta em movimento pela estratégia dos Estados Unidos e da Otan.

Escola dos Predadores na Itália

Há uma semana, no Salão Aeroespacial de Le Bourget, em Paris, a direção de armamentos aeronáuticos do Ministério da Defesa da Itália firmou um contrato com a canadense CAE para a realização da primeira escola europeia de drones militares Predator (predador) da estadunidense General Atomics.

A Otan lança o Tridente

Todos os comandos e bases dos Estados Unidos e da Otan estão em plena atividade para preparar a “Trident Juncture 2015” (TJ15), “o maior exercício militar da Otan desde o fim da guerra fria”.

O caso Ilaria Alpi: a verdade queima

O documentário Ilaria Alpi – a última viagem (pode ser visto no site do canal de TV italiano RAI 3) lança luz, sobretudo graças a provas descobertas pelo jornalista Luigi Grimaldi, sobre o assassinato da jornalista e de seu cinegrafista Miran Hrovatin, em 20 de março 1994 em Mogadíscio.

A corrida às armas high-tech

A parada militar nos Fóruns Imperiais (*) com que em 2 de junho é celebrada a Festa da República que na sua Constituição repudia a guerra (**), esconde por trás da fachada retórica uma realidade cada vez mais dramática: a aceleração da corrida às armas high-tech, em que a Itália está engajada através da Otan. Corrida guiada em todos os campos pelos Estados Unidos.

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