O que se apresenta como novo e desafiador é preciso investigar para que não se tente resultados novos e diferentes tendo velhas e carcomidas práticas. Não adianta tentar ou querer enxergar o novo, com olhar velho e embaçado. Novos desafios impõem novas práticas.
Pauta político-institucional esvaziada, “zum zum zum” crônico e “bateção de cabeça” marcam os 1ºs 3 meses de governo. Não há 1 semana em que o presidente não esteja envolvido numa crise ou cometa alguma gafe que atrapalhe as articulações do Planalto, seja no Congresso, seja na sociedade.
Toda vez que o presidente estiver em situação de defensiva semelhante às ocorridas nas manifestações do Carnaval mobilizará seu “exército” e apontará um biombo para dispersar e desviar a “atenção das questões centrais” do País.
Toda vez que o presidente estiver em situação de defensiva semelhante às ocorridas nas manifestações do Carnaval mobilizará seu “exército” e apontará um biombo para dispersar e desviar a “atenção das questões centrais” do País.
Salvo melhor juízo ou novidade que surja ao longo do debate político pós sucessão, 3 elementos ou fenômenos eleitorais contribuíram sobremodo para a vitória do ex-deputado federal Jair Bolsonaro: o “bolsonarismo”, o antipetismo e o desalento político.
A democracia representativa, em que pese seu enorme e crescente desgaste, só irá melhorar se os eleitores e as eleitoras se dispuseram a cumprir sua parte neste contrato político-cívico-social com mais atenção e cuidados.
Em todas essas votações elencadas pelo DIAP, o presidenciável Jair Bolsonaro foi incoerente com que hoje propõe como candidato ao Palácio do Planalto. Isto é, ele votou contra os interesses do povo e dos trabalhadores na Câmara dos Deputados.
O partido que poderia desempenhar o centro mediador, o MDB, não teve condições de fazê-lo porque também estava em 1 dos polos na disputa do impeachment, inclusive como protagonista, já que o vice-presidente da República, Michel Temer, tinha interesse direto na queda de Dilma.
“Que Jair Bolsonaro tenha jantado os mal preparados apresentadores da bancada do Jornal Nacional, na entrevista desta terça, é péssimo sinal para o jornalismo”. “A culpa, porém, é da Globo e da pusilanimidade conivente da grande mídia brasileira”, [que flerta, por conveniências políticas e econômicas, com o fascismo para escantear o PT, Lula e a esquerda], cutuca Raymundo Gomes, no portal Diário do Centro do Mundo (DCM).
Para tentar mudar esse quadro que se anuncia decepcionante e catastrófico mandando de volta para o Congresso a grande maioria de deputados e senadores que votaram contra o povo e os trabalhadores será preciso mais que otimismo. Será preciso muito trabalho daqui até o derradeiro dia da eleição.
Divulgar à exaustão como os congressistas votaram, ajuda o/a eleitor/a a compreender e conhecer a atuação dos parlamentares e também comparar o discurso de campanha com a prática política, a fim de confrontar o que disse em campanha e o que fez no exercício do mandato para expor a coerência política dos representares do povo (deputados) e dos representantes dos estados (senadores).
Pode-se dizer que o voto vencedor foi menos constitucional e mais político; alinhado com o mercado, que a lei favorece e protege, e ao capital, que se beneficia com a precarização das relações de trabalho advinda da Reforma Trabalhista, cujo principal ator social em defesa dos trabalhadores (os sindicatos) tenta escantear e até mesmo fazer desaparecer política e fisicamente pela asfixia financeira.