A esquerda bem informada
A esquerda bem informada

Paulo Tedesco

Escritor, consultor e professor de produção escrita editorial
Pela universalização da cultura 

Que a leitura está em crise, disso não há dúvida. Mas a melhor pergunta seria, qual crise? No Brasil, ao longo dos últimos vinte ou trinta anos, tivemos uma maioria analfabeta que passou para semianalfabeta. E essa, empurrada pela necessidade de fazer valer sua mão-de-obra, viu que deveria aprender o mais rápido possível e com o que tivesse disponível, travando, justamente, no pensamento crítico elaborador de novos conceitos e alternativas.

Devo anunciar meu livro? 

Alguém sabe o melhor marketing para o livro? Talvez o pessoal das grandes editoras saiba, na ponta da língua, afinal devem conhecer seus pontos de venda e suas posições de gôndola em grandes varejistas, virtuais ou não, como ninguém. E assim se divertem com novos estratagemas e ações de PDV a cada novo título e autor.

A oportunidade da autopublicação diante da crise

O mais recente artigo do Carlo Carrenho, sobre a desnecessidade do selo editorial e suas implicações no custo x benefício da mensagem publicitária, me impulsionou a escrever um novo artigo. Desta vez, quero defender a importância da autopublicação no mercado editorial contemporâneo e das oportunidades para o negócio do livro em tempos de golpe.

Ebook no olho do outro é colírio

Esse artigo não poderia ter, nesta oportunidade, outro fim do que tentar, de certa forma, responder ao polvilhar de discursos em redes sociais e artigos que meu último texto, publicado aqui, terminou por provocar. Não posso negar que me surpreendeu tanta opinião, e que chegou ao ponto de certa grenalização, ou melhor, mais contra do que a favor, sobre o assunto.

Um Ebook de fracasso 

O atual modelo de livro digital foi originalmente proposto pela Amazon para alimentar seu Kindle, e num segundo momento foi adotado pela Apple para seus Ipads e Iphones. Somente depois é que foi adaptado por diferentes empresas para diferentes operações comerciais, gerando essa diversidade mundial de distribuidores e vendedores desse modelo de livro digital, mais conhecido por ebook, e que tem o formato epub como ponto de partida em seus arquivos digitais.

Há muito o que Temer 

Em poucos dias estamos a viver um pesadelo: as principais instituições federais brasileiras vêm sendo atacadas e as principais conquistas dos últimos vinte anos destrinchadas a canetadas. As políticas econômicas, sempre tidas com muita cautela – em excesso eu diria – de repente perderam sua estrutura de cristal Checo e se transformaram num algo a mais, ao ponto que um funcionário de um grande banco privado é, agora, o diretor do mais importante banco brasileiro, o Banco Central.

Independência do escritor 

Observando os atores de cinema e televisão e também alguns músicos, se abriu um caminho que não era nada novo mas trazia bons exemplos: os artistas de cinema e TV passavam também a diretores e produtores de seus próprios filmes e espetáculos.

O golpe no mundo do livro 

Em tempo de golpe político é bom repensar o mundo do livro e dos autores e sua trajetória em períodos repressivos.

O novo marketing do livro

Numa obra que lancei ano passado, Livros: Um Guia Para Autores, em parceria com uma editora de autopublicação, havia abordado esse tema, que agora vejo haver se complicado e que me pareceu urgente retomar. Pois enquanto mais e mais gente está a se autopublicar e busca abrir novas possibilidades de leitura, menos o mercado tradicional parece saber incorporar o que lhe chega como novos textos e autores.

Etiqueta e plágio no digital 

A palavra Etiqueta, segundo o dicionário Aurélio, 2ª Edição, Editora Nova Fronteira, deriva do francês étiquette, e tem, entre outras, por definição “regra, norma, estilo”, e de acordo com outro dicionário, o Dicionário Analógico da Língua Portuguesa, 2ª edição, Editora Lexikon, também pode ser entendido como “hábito, comportamento, moda”.

Momento mágico

Não resta dúvida: as mudanças vieram para chegar e não pararão tão cedo! E o curioso é que se alguma vez esperamos por alterações na tecnologia e algo na economia, de forma repentina, para muitos, o que desaba é o social, o político e principalmente o organizativo. Feito remédio de amplo espectro e seus efeitos colaterais sobre um corpo não de todo doente.

Crise e centralização no livro

É preciso falar de lançamentos, das sessões de autógrafos. Algo que num passado, não muito distante, era considerado o grande evento do livro, o momento desejado e sonhado por autores e editoras, e que recebia farta cobertura da imprensa, provocando debates antes e depois da oficial entrega dos exemplares ao público – e de repente, no início do novo milênio, não é mais bem assim.

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