A agenda de luta das trabalhadoras e dos trabalhadores do Brasil

Ainda sob o calor das comemorações dos seus nove anos de fundação e vigorosa atuação no movimento sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizou recentemente uma reunião de sua direção nacional para debater a conjuntura atual e um plano de ação para o próximo ano. A central classista aprovou uma resolução em que aponta os grandes desafios da classe trabalhadora do Brasil.

A CTB denuncia as consequências da crise econômica agravada pela crise política e institucional instalada pelo governo golpista de Michel Temer. Desemprego, arrocho salarial, empobrecimento da população e precarização do trabalho são parte do ônus que recai sobre as costas dos trabalhadores e que poderão se agravar com o congelamento dos gastos públicos imposto pela aprovação da PEC 55, agora promulgada como Emenda Constitucional 95.

A CTB deixa claro que a política econômica restritiva e recessiva dos golpistas que tomaram o poder beneficia apenas aos muito ricos sendo, por isto, inaceitável para o país, que precisa ser recolocado na via do desenvolvimento, do crescimento econômico, com distribuição de renda e valorização do trabalho.

Neste sentido a CTB considera necessário conclamar às demais centrais sindicais a realizarem uma plenária nacional para atualizar a plataforma comum dos trabalhadores e definir um plano de luta unitário em defesa dos direitos sociais, da democracia e da soberania nacional.

A resolução aprovada na reunião de Belo Horizonte aponta ainda a necessidade dos trabalhadores lutarem contra a reforma da Previdência, a mudança da legislação trabalhista, a tentativa de entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo, a criminalização dos movimentos sociais, a terceirização e a violência contra a mulher. Como saída para a crise política, a CTB defende a convocação de eleições diretas para que a soberania popular aponte um rumo para o país.

O documento reflete o compromisso da jovem central na defesa dos interesses do Brasil e dos brasileiros, em especial dos trabalhadores e das trabalhadoras. Merece destaque a atuação da central na busca de bandeiras unificadoras do movimento sindical, compromisso ressaltado por seu presidente Adilson Araújo ao afirmar que “a CTB tem uma compreensão de que a construção unitária das centrais sindicais é um fator estratégico para o fortalecimento da classe trabalhadora”.

A plataforma aprovada pela direção nacional da CTB é um instrumento indispensável para a consolidação da ação unitária das centrais sindicais para enfrentar o retrocesso proposto pelo governo antipopular, antinacional e antidemocrático de Michel Temer. É também uma agenda unificadora dos trabalhadores na luta pela construção de uma ampla frente em defesa do Brasil, da democracia, da produção e do trabalho. Para Adilson Araújo  “o movimento sindical precisa ter clareza de seu papel frente a estes desafios, à conjuntura complexa e às adversidades”. Unidos, trabalhadores e trabalhadoras haverão de cumprir esse papel que lhes está reservado.