Cem dias de governo Fernando Haddad e Nádia Campeão

Há cem dias, depois do ato de posse de Fernando Haddad e Nádia Campeão, uma cena que há muito tempo não ocorria na cidade de São Paulo, dava os sinais de mudança. O prefeito e sua vice subiram em um palco improvisado para falar com movimentos populares que acompanhavam a cerimônia por um telão na rua Cásper Líbero.

É claro, que cem dias não é tempo suficiente para qualquer governante construir a sua marca de gestão, mas são nos primeiros passos que um governo indica o rumo que quer seguir nos próximos quatro anos. 

O realinhamento da prefeitura com o governo federal, que embora iniciada no último ano da gestão anterior, a presença da presidenta Dilma Rousseff para entregar unidades do Minha Casa Minha Vida e ambulâncias do Samu, demonstrou logo no primeiro mês, o nível de articulação entre os governos.

Quem sai ganhando nessa articulação é a população de São Paulo, que há muito tempo não tinha acesso aos programas do governo federal e agora passa a participar, por exemplo, da ampliação das universidades públicas, com a cessão do terreno construção da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Outra sinalização importante foi a aprovação das mudanças na inspeção veicular; o começo do programa a Hora Certa e o anúncio do Bilhete Único, principais propostas do programa eleitoral. A intervenção de Haddad na desocupação do chamado Pinheirinho 2, em Iguatemi, na zona leste, evitou atrocidades e reduziu o impacto violento por parte do governo estadual.

O suporte político e econômico dado para a construção do estádio Arena Corinthians para a abertura da Copa de 2014 reforça a concepção de que é preciso repensar a cidade, mas sem abrir mão da sua grandeza e pujança econômica.

Como disse Nádia Campeão, “agora é hora de arregaçar as mangas e fazer, realizar”. Assim como é hora dos movimentos sociais se organizarem ainda mais e propor, participar e sustentar as mudanças mais avançadas para ampliar os direitos do povo paulistano.