“Direitos já” impulsiona frente ampla em defesa da democracia

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O ato virtual liderado pelo movimento Direitos Já!, realizado na sexta-feira (26), representou um importante passo da luta pela democracia. O manifesto lançado no evento alerta que a democracia brasileira está em risco e defende a criação de um sistema de proteção social que reduza as desigualdades e proteja as populações vulneráveis.

Participaram mais de cem personalidades representativas da sociedade, uma diversidade política e ideológica que vai da esquerda a setores da direita. São representantes de cerca de 13 partidos, governadores – entre eles Flávio Dino, do estado Maranhão –, parlamentares, lideranças de várias religiões, da cultura, da ciência, dos movimentos sociais, estudantil e sindical, três ex-candidatos presidenciais – Marina Silva, Ciro Gomes e Fernando Haddad – e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC).

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) esteve representado pela sua presidenta, Luciana Santos, pela ex-candidata a vice-presidenta da República, Manuela d’Ávila – que não esteve presente, mas assina o manifesto –, por ativistas de organizações populares, por parlamentares – entre os quais, a líder da bancada Perpétua Almeida –, além do governado Flávio Dino. É importante destacar que o PCdoB foi uma das primeiras legendas a defender a proposta de frente ampla.

O evento se reveste de máxima importância também pelo conteúdo e pela circunstância em que ocorreu. O manifesto destaca, logo no início, que a democracia corre risco diante da escalada autoritária do bolsonarismo, o que exige a tomada posição de amplos setores, independente de diferenças políticas ideológicas.

O importante é a convergência em torno do entendimento de que a democracia é um bem importante para a nação e precisa ser defendida. Os ataques de Bolsonaro precisam ser repelidos, neutralizados e derrotas para preservar o regime democrático. Outro ponto importante do manifesto, associado à defesa do Estado Democrático de Direito, é a luta pelo por direitos, pela redução das desigualdades sociais.

O evento tem ainda o mérito de amplificar uma série de outras iniciativas igualmente em defesa da democracia. E aconteceu num contexto de defensiva momentânea de Bolsonaro, que tenta sair do isolamento, se refazer dos danos sofridos recentemente e aguarda o momento oportuno para retomar a ofensiva. Ações assim comprovam que a frente ampla como luta política é indispensável. E devem prosseguir, com várias iniciativas, convergindo para a defesa da democracia, dos direitos e da vida.