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Almeida Garrett: Não te amo, quero-te

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Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.
E eu n'alma tenho a calma,
A calma do jazigo.
Ai! Não te amo, não.


 


Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai, não te amo, não!


 


 


Ai! Não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.


 


 


Fonte: poesiaemartini.blogspot.com