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Publicado 05/06/2009 21:31 | Editado 13/12/2019 03:29
Minha ansiedade é um saco sem fundo
É como um saco de areia
em que, a cada caneca que se retira,
há mais um balde por esvaziar
Ainda que minha ansiedade seja de mau agouro,
tem a eternidade austera das coisas sacras
Tem a persistência de um trabalhador,
um brasileiro trabalhador
Minha ansiedade é crônica
quase compulsória
E é aguda…
insistente e estridente
qual pirraça de menino
Minha ansiedade é a minha condenação,
por ambicionar do mundo mais intensidade
do que a minha própria poesia pode suportar…!