Os Estados Unidos ofereceram nesta quinta-feira US$ 5 milhões por informações que ajudem a capturar o dirigente dos talibãs do Paquistão, Hakimullah Mehsud, ante a incapacidade de encontrá-lo.
Com 322 mortos de janeiro até esta quarta-feira (1º/9), o ano de 2010 já é o mais mortífero para as tropas ocupantes estadunidenses que estão no Afeganistão desde a invasão do país, em outubro de 2001.
"Localizar, deter, eliminar e impedir que recomece" [ing. "Find, fix, finish, and follow-up"] é como o Pentágono descreve a missão das equipes militares clandestinas que operam no Afeganistão na perseguição de todos os que se suspeite que sejam membros dos Talibã ou da al-Qaida, onde quer que estejam. Outros falam de operações de "caça humana", e de equipes cuja missão é "capturar/matar".
Por Pratap Chatterjee, no TomDispatch
Por todos os lados para onde se olhe, em Cabul, capital do Afeganistão, só se veem paredes derrubadas, ruínas e grupos de guardas de segurança armados: são os funcionários das empresas privadas contratadas pelos EUA para fazer a segurança dos prédios onde circulam diplomatas, representantes de organizações não-governamentais e funcionários de grandes empresas estadunidenses.
Por Hoda Abdel-Hamid, na al-Jazira
"Os fuzileiros estão enfrentando um problema que sempre espreitou os conquistadores, e que é muito familiar para os Estados Unidos, desde o Vietnã. Em 1969, Douglas Pike, o mais importante acadêmico governamental nos assuntos do Vietnã lamentou que o inimigo era o único partido político verdadeiramente baseado nas massas no Vietnã do Sul”. Qualquer esforço para competir politicamente com ele seria como um conflito entre uma sardinha e uma baleia, reconheceu Pike". O artigo é de Noam Chomsky.
O novo comandante das tropas internacionais no Afeganistão, o general americano David Petraeus, afirmou em entrevista transmitida nesta segunda-feira (15) pela rede de TV NBC que não se prenderá à data estabelecida pelo presidente Barack Obama para começar a retirada das tropas do país, em 2011.
O Pentágono afirmou nesta sexta-feira (13), que os documentos que ainda restam por publicar pelo site Wikileaks são considerados os "mais explosivos" em relação à ocupação estrangeira no Afeganistão.
Quanto tempo ainda será necessário esperar, quantos mortos ainda se terá que contar para reconhecer a evidência ? A guerra empreendida pela Otan desde o mês de outubro de 2001 resultou num irreversível fracasso.
Por Jean-Paul Piérot, em L´Humanité
As tropas holandesas da Isaf (Força Internacional de Assistência à Segurança, sob comando da Otan) iniciaram a retirada do Afeganistão neste domingo (1º/8). A ação holandesa ocorre após o cumprimento do prazo de sua missão e sem o acordo do governo do país para prolongar o mandato, como queria a aliança ocidental.
Morreram 63 soldados norte-americanos, mais que as 60 baixas de junho. Dois ataques com artefatos explosivos vitimaram nesta última quinta-feira (29) mais três militares.
Três soldados americanos morreram esta quinta em dois ataques com artefatos explosivos no sul do Afeganistão, informou a Otan em comunicado.
O Diário da Guerra no Afeganistão é um extraordinário compêndio secreto com mais de 91 mil relatórios que cobrem a ocupação do Afeganistão de 2004 a 2010. Os relatórios descrevem a maioria das ações letais envolvendo os militares que ocupam o país. Eles incluem o número de pessoas declaradas internamente a serem mortas, feridas ou detidas durante cada ação, junto com a localização geográfica precisa de cada evento e as unidades envolvidas e principais sistemas de armas utilizados.
As autoridades dos EUA já sabiam, há semanas, que haviam sofrido uma hemorragia de informações secretas, numa escala que, comparativamente, faz os “Pentagon Papers” parecerem pouca coisa.