“Estamos lidando com a ausência de uma política responsável para a região e precisamos olhar com atenção para os interesses que existem em torno da Amazônia. A agitação por parte do poder executivo do Brasil está levando o nosso país ao caos e é isso que deve ser combatido”.
Por Marcela Rodrigues e Luiz Rodrigues*
Um dos obstáculos a impedir uma discussão racional sobre o aumento de queimadas e desmatamento no Brasil está na baixa qualidade da informação – de todos os lados. A Amazônia não é o “pulmão verde” do mundo, por exemplo. Emmanuel Macron, António Guterres, Leonardo DiCaprio e até Cristiano Ronaldo tuitaram esses dias, provavelmente um reproduzindo o outro, ou terceiros, que a floresta amazônica produz 20% do oxigênio do mundo. É uma asneira de proporções bolsonarianas.
Por Marcelo Leite
O presidente Jair Bolsonaro (PSL), com sua atual retórica política, é corresponsável pelo aumento das queimadas e do desmatamento na Amazônia. A opinião é de Carlos Nobre, climatologista aposentado do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e atualmente ligado ao Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Segundo Nobre, o governo brasileiro está promovendo modelos de desenvolvimento agrícola baseados nas queimadas e no desrespeito às leis ambientais.
A cientista política e especialista em relações internacionais, Ana Maria Prestes, analisa os acontecimentos que se sobressaem no cenário internacional. O principal assunto desta sexta-feira (23) no Brasil e no Mundo, continua sendo as queimadas na floresta Amazônia.
Diversas cidades no Brasil – e também no mundo – terão manifestações a partir desta sexta-feira (23/8), em defesa da Amazônia e contra a política ambiental do governo Jair Bolsonaro (PSL). Em Brasília, uma passeata até o Ministério do Meio Ambiente vai cobrar a demissão do ministro Ricardo Salles. Em São Paulo, o ato está previsto para o vão livre do Masp, na Avenida Paulista. Confira a lista de cidades brasileiras e estrangeiras onde haverá protestos.
O senador norte-americano Bernie Sanders, pré-candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Democrata, criticou nesta quinta-feira (22/08) a política predatória do presidente Jair Bolsonaro na floresta Amazônia. Sanders denunciou um desejo econômico na devastação da floresta, que vem sofrendo com uma escalada de queimadas e desmatamento.
A devastação da floresta é uma face assustadora da destruição da soberania nacional. É um crime de lesa-pátria cometido pelo governo Bolsonaro.
Por Dilma Rousseff*
O papa Francisco, em janeiro de 2018, declarou em Puerto Maldonado, Peru: “A Amazônia é disputada por várias frentes: de um lado, o neoextrativismo e a forte pressão de grandes interesses econômicos ávidos por petróleo, gás, madeira, ouro e monocultivos industriais. De outro, a ameaça procedente da perversão de certas políticas que promovem a ‘preservação’ da natureza sem levar em conta o ser humano”.
Por Frei Betto*
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Novo presidente é João Victor Barros, estudante de direito da Ulbra.
O desmatamento na região amazônica disparou 15% nos últimos 12 meses. É o que apontam dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgados nesta sexta-feira (16/08). Entre agosto de 2018 e julho de 2019 – o que abrange o final do governo Michel Temer (MDB) e o início da gestão Jair Bolsonaro (PSL) –, o total de área desmatada foi de 5.054 quilômetros quadrados, segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon.
Recebido em Tocantis pelo governador do estado, Mauro Carlesse (DEM), representes do demais estados da Amazônia Legal defenderam a manutenção do Fundo da Amazônia.