Não tem jeito, a TV brasileira foi derrotada mais uma vez pelo carnaval de rua de Pernambuco. E, mais uma vez, a derrota foi feia, goleada de verdade, seis ou sete gols de diferença no Recife. Em Olinda, o resultado foi ainda mais dilatado, pior do que Hungria e El Salvador na Copa de 82, sem direito a gol de honra. Ainda bem.
Por Inácio França*, em www.caotico.com.br
O prefeito do Recife, João da Costa já comemorava ontem o sucesso do Carnaval do Recife 2010. “Foi um Carnaval maravilhoso, que empolgou as pessoas. Conseguimos fazer uma grande organização para essa festa, procurando a cada ano profissionalizar mais. Para nós, é um orgulho grande ouvir artistas renomados na música brasileira falarem que esse é o Carnaval mais estruturado do Brasil”, afirmou o prefeito, no camarote da Prefeitura, localizado na Central de Serviços do Marco Zero
Depois de dois anos na espera, a Chame-Chame, do Bairro Salgado Filho, foi eleita a campeã do desfile deste ano em Belo Horizonte. A agremiação trouxe o enredo “Brasil e seus impérios”, destacando os símbolos que fazem o Brasil ser grande, como a luta dos escravos, as belezas naturais, as mulheres e o esporte. Nos dois anos anteriores, a escola alcançou o segundo e terceiros lugares.
Democrático e popular, o Carnaval do Brasil mais uma vez invadiu ruas e avenidas promovendo um show de criatividade e alegria. Estados com maior tradição de folia, Rio, São Paulo, Bahia e Pernambuco foram palco de manifestações culturais de todos os tipos. Teve samba, frevo, afoxé, maracatu, axé, ciranda…
O carnaval foi animado para a candidata à presidência da República Dilma Rousseff. Em Salvador ela foi saudada pela diva dos trios elétricos Ivete Sangalo. “Vai buscar Fatinha, vai buscar Dilminha", cantou Ivete no domingo (14) de carnaval em Salvador, improvisando sobre o hit Vai Buscar Dalila, do ano passado. Outro vídeo que circula no Youtube lança a Marchinha da Dilma: “Depois do cara a gente vota é na coroa/ A gente quer/ É gente boa”, diz a canção.
O número de pessoas presas por urinar nas ruas do Rio de janeiro durante o carnaval chegou a 277 no fim da tarde desta terça-feira (16). Os fiscais da Secretaria Especial da Ordem Pública, da prefeitura, encarregados de fazer o controle urbano durante o carnaval detiveram na madrugada de hoje 17 pessoas fazendo xixi em público na Lapa, entre eles dois cabos da Marinha do Brasil e um turista peruano.
A Unidos da Tijuca, que contou seus segredos na Avenida Sapucaí, foi escolhida a melhor escola do Grupo Especial, na manhã desta terça-feira (16). O carnavalesco Paulo Barros voltou este ano à escola, pela qual fez seu primeiro carnaval no Grupo Especial, em 2004, ano que foi consagrado com o famoso carro do DNA. A escola recebeu ainda o prêmio de comissão de frente.
O município de Vigia de Nazaré, a 77 quilômetros da capital paraense, tem pouco mais de 50 mil habitantes, mas, durante o carnaval, chega a receber mais de 250 mil pessoas. Tudo por conta da irreverência dos blocos e de um ritmo que faz muito sucesso nos bares e nas ruas da cidade, o pop brega, uma mistura de ritmos paraenses, acompanhada por equipamentos eletrônicos.
Belém – O bloco Pretinhos do Mangue é um dos sucessos do carnaval do Pará que começou ao acaso, quando, em 1989, três amigos foram ao município de Curuça, localizado a 107 km de Belém, e resolveram entrar no mangue para pegar caranguejo.
A assessoria de imprensa do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), informou na noite desta segunda-feira (15) que ele desistiu de ir ao sambódromo do Rio assistir ao segundo dia do desfile das escolas de samba do grupo especial. O provável candidato presidencial tucano acompanhou o carnaval no Recife e em Salvador, mas evitou o sambódromo de São Paulo.
O "mensalão do DEM" virou enredo do carnaval do Pacotão, um dos blocos de rua mais tradicionais de Brasília (32 anos), que desfilou nesta segunda-feira na Asa Norte. “Estávamos pensando em fazer um enredo homenageando os 50 anos de Brasília, mas fomos brindados com o escândalo do panetone”, brincou Joca Pavaroti, um dos organizadores do bloco.
O samba brasileiro, a cúmbia colombiana e o calipso afrocaribenho se mestiçaram no carnaval da Venezuela, ao lado das fantasias típicas da festa de Momo. O samba predominou nos bailes de Caracas, enquanto o ritmo colombiano animou o desfile pelo Buleva Sabana Grande, onde recreadores chamados "pintacaritas" inventavam maquiages festivas para a garotada.