A edição deste domingo (13) do Estadão deixou claro o verdadeiro propósito de determinados setores da mídia em conluio com as forças mais retrógradas da sociedade. Além do golpe pregado abertamente num editorial que nos faz lembrar a 1964, o jornal paulista publicou entrevista de uma página com o presidente do banco Credit Suisse, José Olympio Pereira, para quem “a Constituição de 88 deu mais direitos que o país poderia suportar”.
A democracia brasileira vive seu momento mais delicado desde a reabertura democrática, há 30 anos. Um exemplo disso deu-se na sexta-feira (4), com o depoimento coercitivo do ex-presidente Lula.
O economista e ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira usou sua página no Facebook para afirmar que o país vive um crise judicial, além das crises política e econômica. Ignorado pela mídia hegemômica, o ex-ministro tem utilizado as redes sociais para fazer o contraponto à onda golpista que prevalece na chamada “grande imprensa” e declarou que setores do Estado usam de forma abusiva seu poder, referindo-se ao pedido de prisão preventiva contra o ex-presidente Lula.
Pedido de prisão preventiva do ex-presidente faz menção a “rede violenta de apoio” e “agressões [na Barra Funda] a outros manifestantes que se encontravam de forma democrática no local”.
Por Rodrigo Gomes e Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual
A Praça da Sé, no centro da capital paulista, será o centro da mobilização convocada pela Frente Brasil Popular contra o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula. O ato ocorrerá a partir das 11 horas e reunirá entidades do movimento social, parlamentares, lideranças sociais e políticas. Depois de se concentrarem na praça os manifestantes irão até as sedes do Tribunal de Justiça e do Minstério Público de São Paulo.
O promotor Cássio Conserino, do Ministério Público de São Paulo, pediu a prisão preventiva de Lula entre outras pessoas. É o paroxismo da provocação. É uma completa excrescência jurídica. Não se sustenta em nenhuma prova comprobatória. Em verdade, se trata de uma ostensiva ação política de combate a Lula, à esquerda e ao pensamento democrático do país.
Em pauta, a resistência à crescente onda conservadora e ao fascismo presente não só no humor, mas no debate político e na sociedade brasileira em geral. Como debatedores o humorista e escritor Gregório Duvivier, a cartunista Laerte Coutinho e o ator Bemvindo Sequeira.
Diante da reação altaneira e desafiante de Lula, do despertar da resistência popular e democrática e das críticas do meio jurídico, inclusive de integrantes do STF, aos excessos cometidos na sexta-feira pela Operação Lava Jato, que não se limitaram à condução coercitiva do ex-presidente, os partidos de oposição avaliaram que a brigada de Curitiba cometeu um erro de cálculo.
Por Teresa Cruvinel*
Os comunistas de Pernambuco marcaram presença na manifestação contra o golpe e em defesa da democracia realizada na tarde/noite desta quarta-feira (16) no Recife. O PCdoB esteve representado por seus dirigentes, militantes, filiados, amigos e simpatizantes. Segundo os organizadores, mais de 30 mil pessoas participaram do evento, que reuniu também representantes de diversas entidades do movimento sindical e do movimento social e partidos políticos.
Mais de mil pessoas saíram às ruas de Goiânia ontem, 16, em defesa da democracia e contra o golpe contra a presidenta Dilma, arquitetado pelo consórcio oposicionista e setores conservadores. A pauta contemplou também o pedido de Fora Cunha e a necessidade de mudanças na política econômica.
O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira e a deputada federal e presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, participaram na manhã de ontem, terça-feira (15), do lançamento da campanha e do manifesto A Paraíba Pela Democracia: Golpe Nunca Mais promovido pelo governador do estado, Ricardo Coutinho (PSB). O ato aconteceu no Teatro Paulo Pontes, em João Pessoa, que ficou lotado.
