No plano político, o avanço do autoritarismo; no econômico, a desconstituição do projeto de desenvolvimento nacional com autonomia. Como pano de fundo a crise institucional, o conflito, agora não mais surdo, entre os Poderes, prenunciando uma temida instabilidade do regime, em cuja direção forcejam aquelas forças, inclusive militares, ainda hoje inconformadas com a redemocratização de 1988 e o pacto político que a viabilizou.
Por Roberto Amaral*
Joaquim Nabuco lembrava que o câncer de nossa formação não era a escravidão, como fenômeno em si, mas seu legado. O mesmo se aplica à ditadura militar: a tragédia é sua obra, viva e daninha, que se manifesta na emergência de uma nova ordem autoritária, uma vez mais hegemonizada pela corporação militar.
Por Roberto Amaral*
Em visita ao estaleiro Aliança, em Niterói (RJ), nesta terça-feira (28), Fernando Haddad afirmou que o desmonte promovido pelo governo ilegítimo de Temer e do PSDB na indústria naval brasileira é responsável por milhares de desempregados no setor e pode significar o fim dos estaleiros no país. “Uma comunidade inteira desempregada por causa de uma lei, que dispensa o componente nacional e acabou exportando os empregos para a Ásia. Lá estão sendo feitos navios e plataformas. É devastador.”
A aproximação crescente da data das eleições parece provocar um aumento na taxa de desespero dos setores ligados ao financismo e às elites mais reacionárias e conservadoras de nosso País. Afinal, quando se aventuraram pela estratégia desestabilizadora do “golpeachment”, não poderiam jamais imaginar que o cenário às vésperas do pleito de 2018 fosse o que vivemos atualmente.
Por Paulo Kliass *