A reação do governo norte-americano ao frágil, porém auspicioso, acordo sobre o programa nuclear do Irã negociado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva expõe mais uma vez a desastrosa política externa dos EUA. A Casa Branca deu aval à investida brasileira, mas agora vem a secretária de Estado, Hillary Clinton, dizer que os EUA têm “discordâncias muito sérias” com o Brasil em relação ao Irã, com risco para a paz mundial.
Em vez de fazer um discurso protocolar como anfitrião do 3º Fórum Mundial de Aliança de Civilizações, aberto nesta sexta-feira (28) no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu entrar nas "raízes profundas dos conflitos". Seu libelo contra a fome, a " intolerância étnica, religiosa, cultural e ideológica", os arsenais atômicos e os governantes que "buscam transferir o ônus da crise para os mais fracos", incluiu a defesa do acordo com o Irã.
O presidenciável da oposição, José Serra (PSDB), criou mais um incidente diplomático, nesta quarta-feira (26), ao acusar o governo boliviano de "cúmplice do narcotráfico". O governo de La Paz protestou. Um mês atrás foi a vez da Argentina, que rechaçou a versão do tucano, de que o Mercosul "é uma farsa". Imagine o que faria na Presidência um sujeito que trata os vizinhos desse jeito…
Por Bernardo Joffily
Celso Amorim é, em todos os seus gestos e palavras, o menos solene de todos os chanceleres conhecidos. Nenhum outro poderia ser o chefe da diplomacia com Lula na Presidência, nem com Itamar – mesmo incluídos os paisanos, isto é, os ministros políticos que, em alguns casos, se esforçam para adquirir caricatural physique du rôle.
Por Mauro Santayana, no Jornal do Brasil
A bola é o símbolo obrigatório da ascensão do Brasil como superpotência. Sua brilhante tradição desportiva obriga a avaliar em termos futebolísticos seus crescentes sucessos econômicos e diplomáticos.
*Por Luís Bassets
"Se eu estivesse em Washington, correria pela Avenida Pennsylvania, desde a Casa Branca até o Capitólio, com uma grande bandeira brasileira, como fazem os jovens que invadem a Avenida Paulista em São Paulo durante uma partida de futebol, gritando 'Gooooool!'". Quem escreve é o economista americano Robert Naiman.* Veja a íntegra.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou na manhã desta segunda-feira (17) que houve acordo sobre a questão da energia nuclear do Irã. O acerto prevê que o Irã entregará 1.200 quilos de urânio à Turquia e receberá 120 quilos do produto enriquecido com monitoramento de organismos internacionais. O acordo entra na história como uma das mais emblemáticas vitórias da diplomacia brasileira e projeta o Brasil e o presidente Lula como protagonistas de primeira linha na política global.
O presidente brasileiro, Luiz Inacio Lula da Silva, está em Moscou nesta quinta-feira (13) e desembarca em Teerã no domingo com uma missão que gera urticárias, principalmente em Washington: achar uma saída negociada e pacífica para a crise nuclear iraniana, desarmando a pressão por sanções, que os Estados Unidos querem para "o quanto antes". A tarefa não é fácil. Mas Lula já obteve o apoio da França e da Rússia, que antes apoiavam a linha dura americana.
O encontro entre os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e do Paraguai, Fernando Lugo, nesta segunda-feira (3) na cidade fronteiriça de Ponta Porã, indicou o desenvolvimento dos dois países como caminho para o combate à criminalidade. "A sorte do Paraguai é a nossa sorte", disse Lula, depois de se reunir a portas fechadas com Lugo.
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, defendeu nesta terça-feira uma possível mediação do Brasil na crise nuclear entre seu país e os Estados Unidos. Em entrevista coletiva dada em Teerã, ele disse que o Brasil é um "bom amigo", que, tal como o Irã, "procura mudar as coisas" e avaliou que os esforços brasileiros de mediação "seriam frutíferos".
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira (15), em Madri que o Brasil continua disposto a mediar o diálogo entre a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) e o Irã, "respeitando o direito do país de ter seu programa pacífico". Os Estados Unidos e outras potências do Ocidente ameaçam o Irã com sanções devido a seu programa nuclear.
O novo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, chegou nesta sexta-feira (8) a Brasília. Por oito meses, o Senado norte-americano protelou sua aprovação. Shannon foi indicado pelo presidente Barack Obama em maio do ano passado, mas só em 24 de dezembro de 2009 houve a aprovação pelo Senado. O veto de dois senadores ao nome do diplomata atrasaram a chegada dele.