Em entrevista ao jornal O Povo publicada nesta segunda-feira (24/01) José Celso Martinez Corrêa fala sobre militância, política e teatro. Questionado sobre a eleição de Dilma Roussef para a Presidência da República, Zé Celso respondeu: "A vitória da Dilma é a minha própria vitória. É como se eu tivesse sido eleito presidente". Leia a seguir a íntegra da entrevista:
“Ousar lutar, ousar vencer.” O lema da Vanguarda Armada Revolucionária (VAR-Palmares) era discretamente mencionado por alguns convidados na posse da presidente Dilma Rousseff. A citação vinha de 14 ex-integrantes da organização de esquerda que aderiu à luta armada na ditadura e que teve Dilma como uma de suas lideranças.
Por Ana Paula Grabois, no Valor Econômico
Sair da vida para um cemitério é comum, acontece com todo mundo. Mas sair de um cemitério para a vida, só mesmo simbolicamente. Pois foi o que aconteceu com uma gaúcha chamada Elis Regina Carvalho Costa, que, em 36 anos de vida, gravou 27 LPs, 14 compactos simples e seis duplos, que venderam um total de 4 milhões de cópias – um número até hoje impressionante.
Por Sérgio Luz, na revista Continente Multicultural
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, criticou duramente a iniciativa do Ministério da Defesa de recorrer à Justiça Federal e pedir uma investigação para tentar localizar cinco desaparecidos políticos que supostamente podem estar vivos.
Mário Oba já tinha passado por 18 meses de prisão, havia deixado a militância no movimento estudantil e estava recém-casado. Era final de 1970, ele voltava à Universidade Federal do Paraná para concluir o curso de engenharia elétrica. Em Curitiba, foi surpreendido por uma unidade do Exército na rua. “Fui pego na pancada”, conta ele. Três dias e muitas sessões de tortura depois, a repressão concluiu: não era ele o alvo.
Ela é mais do que a primeira presa política do Ceará, uma perseguida pela ditadura e uma exilada política. Ela acredita que a educação é o caminho para a libertação do povo. O Vermelho/CE publica a íntegra da entrevista de Ruth Cavalcante concedida ao jornal O Povo nesta segunda-feira (10). Leia a seguir:
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, admitiu nesta sexta-feira (7) que “setores minoritários” das Forças Armadas ainda resistem às iniciativas para esclarecer as mortes e os desaparecimentos políticos ocorridos durante o regime militar. Segundo Jobim, os militares que se opõem a projetos como a criação da Comissão da Verdade estão na reserva e integram o mesmo grupo que discorda das recentes mudanças no âmbito da Defesa, mas são em número menor do que aqueles favoráveis à apuração dos fatos.
Se o general José Elito Siqueira disse o que lhe foi atribuído, cometeu erro político irreparável e juízo equivocado sobre a História. O erro político foi tocar em assunto delicado e constrangedor, em qualquer governo democrático, e não só no de Dilma Rousseff: o dos desaparecidos durante o regime militar. Se assim pensava, não deveria ter aceitado o cargo.
por Mauro Santayana para o Jornal do Brasil
Na cerimônia de posse de Dilma Rousseff, houve momentos de ineditismo para figurar na série “nunca antes na história deste país”, a começar pelo ponto culminante do espetáculo: um homem passando a faixa presidencial para uma mulher. Houve Lula quebrando o protocolo e caindo nos braços do povo chorando, houve a nova presidente de braços dados com o anterior, houve um efusivo aperto de mãos entre Hillary Clinton e Hugo Chávez.
por Zuenir Ventura*, em O Globo
As declarações do novo chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, general José Elito Siqueira, sobre a ditadura militar e as investigações dos crimes cometidos durante o período causaram mal-estar no Palácio do Planalto.
Os buracos de bala nas paredes e os ganchos que eram utilizados para torturas, rastros da repressão coordenada no Cone Sul durante os anos 1970, persistem no antigo centro clandestino "Automotores Orletti", cenário de muitos crimes que atualmente são julgados na Argentina.
A nova ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), a gaúcha Maria do Rosário Nunes, deputada federal reeleita (PT-RS), tomou posse prometendo avançar no processo de reconhecimento das violações contra os direitos humanos no período do regime militar.
Segundo ela, “é mais do que chegada a hora” de o país prestar esclarecimentos sobre as violações da ditadura.