Porto de entrada dos escravos africanos no Brasil é reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Unesco; "É o mais importante e significativo sítio de memória da diáspora africana na América"
Por Roberta Jansen
Em biografia de Lilia Schwarcz, escritor discute o racismo no Brasil recém saído da escravidão.
Por André de Oliveira, do El Pais
Passaram-se 129 anos da Lei Áurea. É registro pungente de como tem pouco tempo que entre nós imperava o horror da escravidão. Mostra como o trabalho livre viceja há pouco nestas terras tropicais e como já em sua infância reconfigurou a inserção do Brasil no mercado global, após mais de 3,5 séculos de escravismo.
Por Olívia Santana
A libertação dos escravos não ocorreu por decisão voluntária dos fazendeiros paulistas, e muito menos foi uma dádiva da família imperial. Ela foi fruto de uma grande luta popular, que envolveu diretamente os próprios escravos. O autor discorda da tese que a Abolição teria sido uma "coisa de branco" e não teria sido "a casta dos escravos que destruiu o trabalho escravizado”.
*Por Augusto Buonicore
Condenação em primeira instância prevê pagamento de R$ 6 milhões. Juíza acatou a maior parte dos argumentos dos procuradores e descartou a versão da defesa.
A verdadeira versão mostra que o processo de destilação do famoso uísque foi desenvolvido pelo escravo Nearis Green e não pelo pastor Dan Call. O objetivo da alteração de nomes era omitir a participação de um afro-americano na criação do produto.
Por Dennys Marcel
Entre as décadas de 1770 e 1820, grande parte das colônias escravistas das Américas conquistaram sua independência em lutas violentas e às vezes revolucionárias contra as potências colonialistas.
Por Hendrik Kraay*
Formalizando o fim da escravidão no Brasil, a princesa Isabel assinou em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea. Porém, a escravidão, como sistema econômico já estava em decadência, o Brasil foi um dos últimos países a encerrar o regime. O número de escravos livres e alforriados já era grande, o trabalho assalariado já existia e o Império estava sob pressão dos movimentos abolicionistas.
Laurie Jeanty inclina o dorso para frente e gesticula com convicção ao falar da diferença de tratamento dada por empregadores aos funcionários brasileiros e haitianos. “Não são todos, mas alguns manipulam os haitianos”. Ela não se conforma com as mentiras e golpes aplicados a imigrantes que abandonaram tudo para reconstruir a vida em um novo país. Laurie se refere aos contratos informais em que se promete um valor, mas se paga outro.
Para marcar o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, lembrado nesta quinta-feira (28), o Ministério do Trabalho e Previdência Social divulgou balanço de 2015. Segundo o órgão, 1.010 trabalhadores foram resgatados o ano passado de situação análoga à escravidão. As 140 operações foram feitas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por auditores fiscais do trabalho que identificaram trabalhadores nesta situação em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados.
Milhões de seres humanos, caçados e sequestrados na África, cruzaram o oceano, até 1850, e desembarcaram no Brasil, onde foram escravizados. Deste período, o único registro biográfico sobre o que aconteceu foi o de Mahommah G. Baquaqua. Oriundo da faixa ocidental da África, Mahommah escreveu a única autobiografia de um ex-escravo que viveu no Brasil.
Mais de 4 milhões de africanos, ou cerca de 40% de todos os escravos que foram obrigados a cruzar o Atlântico, desembarcaram no Brasil. Dessa multidão, praticamente não existe registros biográficos. A exceção leva o nome de Mahommah G. Baquaqua.