A comentarista internacional Ana Prestes diz que a instabilidade política tornou-se a rotina no Peru, com cinco presidentes em quatro anos.
Ex-presidente havia anunciado dissolução do Congresso, que não acatou a decisão e em seguida aprovou sua destituição
Para o secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP), Gerônimo López Sevillano, “a hora é de avançar contra o retrocesso herdado do fujimorismo”
Ex-professor e líder sindical da zona rural do Peru, Pedro Castillo governa sob sabotagem constante da direita, com pedidos de impeachment por um lado e uma agenda de governo que não avança no Congresso. População está frustrada com o impasse.
“A questão chave é enterrar a herança fujimorista, feita sob o Consenso de Washington, de dilapidação do Estado e destruição de direitos sociais e trabalhistas”, afirmou Yuri Castro, líder do Peru Livre
Com 99,8% das urnas apuradas, Castillo tinha uma vantagem de 71.664 votos sobre Keiko – o que torna uma virada quase inviável
Aliança “Juntos pelo Peru” lançou a candidatura tendo como prioridades o combate à pandemia e geração de emprego
O novo presidente Sagasti deve agora conduzir uma nação abalada não apenas em direção às eleições, marcadas para abril de 2021, mas também em direção a uma fé renovada na democracia.
Segundo o especialista em América Latina, Alexandre de Brites Figueiredo, a atual crise política no Peru remonta a um passado recente, com a posse de Pedro Pablo Kucznski, em 2016, após derrotar Keiko Fujimori e instalar uma crise entre o Legislativo e o Executivo.