O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentou nesta quarta-feira (6) requerimento para que a Câmara dos Deputados apense a denúncia contra o vice-presidente, Michel Temer (PMDB-SP), ao processo em análise na Casa sobre a presidenta Dilma Rousseff.
O parecer apresentado na tarde desta quarta-feira (6), na comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o pedido de impeachment da presidenta Dilma, tem muitas fragilidades e já tinha seu teor conhecido, afirma o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE). “Lamentamos que se trate de mais uma ação política e deliberada, não de um parecer técnico”, avalia o parlamentar.
Ilegal e pré-fabricado a mando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Essa é a avaliação da Bancada do PCdoB sobre o parecer apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na Comissão Especial do Impeachment.
Em mais uma sessão conturbada, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou parecer favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (6), na comissão especial que analisa o tema. A votação, no entanto, foi adiada por pedido conjunto de vistas e deve acontecer na próxima segunda-feira (11).
Por Christiane Peres
A denúncia e o repúdio ao golpe em curso no Brasil ganharam um espaço destacado no 7º Encontro Sindical Nossa América (Esna), realizado nos dias 1 e 2 de abril em Montevidéu. O evento reuniu mais de 200 lideranças de 19 países americanos, além de convidados do Japão e Reino Unido, para debater a conjuntura e unificar a classe trabalhadora do continente na luta em defesa da integração, da soberania, da democracia e da valorização do trabalho.
Por Umberto Martins, especial para o Vermelho
O PP permanecerá na base de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff e a orientação da direção do partido é pelo voto contra o impeachment, comunicou nesta quarta (6), o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI). O PP tem hoje 54 parlamentares: 48 deputados e seis senadores em exercício. Há ainda três deputados licenciados.
Na tentativa de acelerar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e sua tropa de choque querem realizar sessões no sábado e domingo. A proposta foi rechaçada duramente pelos governistas e até a oposição. “Querem criar uma excepcionalidade para fazer a votação em plenário no domingo”, afirmou a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), vice-líder do governo.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) divulgou carta aberta ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf, sobre a campanha da entidade a favor do golpe e contra a democracia. Em matéria paga, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo divulga nomes, telefones e e-mails dos membros da comissão de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, pedindo à população que pressionasse os parlamentares a votarem a favor do “golpe”.
Com a constatação, cada dia mais evidente, de que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff não é saída viável, muito menos rápida ou indolor, setores da economia olham com mais preocupação para o horizonte recessivo que se delineia. Na avaliação do economista Marcio Pochmann, alguns dos atores que a princípio se colocam contra a gestão do PT podem ser forçados, por causa de interesses econômicos imediatos, a um acordo com o atual governo centrado na recuperação da economia.
Se o impeachment estivesse submetido a um debate responsável pela Câmara de Deputados, a discussão teria tomado um outro rumo no final da tarde de segunda-feira (4), quando José Eduardo Cardozo terminou uma intervenção de uma hora e 50 minutos na qual fez a defesa de Dilma Rousseff.
Por Paulo Moreira Leite*, em seu blog
As discussões sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff se aprofundam na Câmara nesta semana, mas seus desdobramentos na economia serão desastrosos, caso seja aprovado. Essa é a opinião de economistas ouvidos pela Rede Brasil Atual, que questionam a legitimidade de um processo que não aponta para a unificação da opinião pública, mas, pelo contrário, mantém a divisão política que já existe e que tem sido combustível de tensões entre segmentos conservadores e progressistas da sociedade.
O Conselho de Ética da Câmara, que desde o dia 13 de outubro do ano passado, analisa o pedido de cassação contra o presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu-se, nesta terça-feira (5) com o juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Sérgio Moro, para iniciar a coleta de depoimentos contra o parlamentar. Já a comissão especial que analisa o pedido de impeachment, aceita por Cunha no dia 2 de dezembro, vota, nesta quarta-feira (6), o relatório final.