O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o trancamento do processo instaurado contra integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) por ocupação, em 2009, de fazenda da fabricante de sucos Cutrale. O objetivo da ocupação era denunciar que a fazenda Capim, entre os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, estava em terras griladas, de propriedade da União, que foram utilizadas ilegalmente durante cinco anos pela empresa.
As maiores organizações que representam os movimentos social, sindical e estudantil do país planejam a elaboração de uma agenda conjunta, a ser oferecida à presidente Dilma Rousseff. Nela, constarão as prioridades pelas quais o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), as centrais sindicais – sobretudo a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) – e a União Nacional dos Estudantes (UNE) brigarão juntos.
O Brasil se transformou desde 2007, no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. E na ultima safra as empresas produtoras venderam nada menos do que um bilhão de litros de venenos agrícolas. Isso representa uma media anual de 6 litros por pessoa ou 150 litros por hectare cultivado. Uma vergonha. Um indicador incomparável com a situação de nenhum outro país ou agricultura.
Por João Pedro Stédile*
Cerca de cem trabalhadores sem-terra decidiram acampar em estrada, mas foram impedidos
Antes do início da nova legislatura, a Frente Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo já se mobiliza para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição 438/01, que permite o confisco de terras em que houver trabalho escravo.
Mais uma vez o Ministério Público Federal do Pará (MPF) pediu ao secretário de Segurança Pública do estado que envie reforço policial para o município de Anapu. O clima entre madeireiros e trabalhadores rurais do assentamento Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança piorou nesta semana. O Projeto Esperança é o local onde foi assassinada a missionária Dorothy Stang, em fevereiro de 2005.
“Uma das principais questões nossas: manter autonomia”. Assim o integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), José Batista, sintetizou a opinião do movimento sobre o novo governo em entrevista exclusiva concedida ao Vermelho.
Famílias Sem Terra dão continuidade à jornada de ocupação de terras, iniciada nesta semana. O número de famílias acampadas em todo o estado de São Paulo já chega a dois mil. O objetivo é acelerar o processo de Reforma Agrária na região.
Para famílias sem terra, o ano começou com uma jornada de ocupações de terras pelo estado de São Paulo. Na manhã da última terça-feira (4), cerca de 300 pessoas se concentraram em frente ao Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), em Presidente Prudente.
O novo ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, que assumiu a pasta com o discurso de fortalecimento da agricultura familiar e de promoção da reforma agrária, disse que apesar de avanços na área, o País ainda abriga cerca de cinco milhões de agricultores familiares em extrema pobreza. Para Florence, esse quadro tem que ser mudado com urgência.
Em entrevista, o novo ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Afonso Florence, disse que o governo Dilma Rousseff não tem como "defender" invasão de propriedades rurais produtivas. Segundo ele, porém, o diálogo com os sem-terra será "mantido e aperfeiçoado" a partir de agora. "Os movimentos são vistos como aliados nossos. E é verdade, é justo, é correto."
O professor Clifford Andrew Welch, do curso de história da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desmentiu a reportagem do jornal O Globo publicada no domingo (19). No texto, Welch é apresentado como fonte de informações sobre a existência de espiões do MST dentro do Incra e suposta prática dos assentados “de alugar a terra de novo ao agronegócio” em telegramas remetidos por diplomatas estadunidenses no Brasil, divulgados pelo Wikileaks.