O projeto do governo de Michel Temer de facilitar a privatização das estatais de serviços essenciais, como abastecimento de água e saneamento básico, encontra no Estado de São Paulo um exemplo de como o negócio é rentável para as empresas privadas e prejudicial para a população e trabalhadores.
Por Railídia Carvalho
A prefeitura do Guarujá foi surpreendida com uma peça publicitária onde a Sabesp faz uma pressão subliminar para que seja contratada como fornecedora de água do município. A divergência com a Sabesp começou em junho quando a empresa ameaçou cortar o fornecimento de água na cidade. Além da contestação jurídica ao rompimento unilateral de uma prestação de serviços que vem desde 1975, a prefeitura lançou um Procedimento de Manifestação de Interesse para democratizar o processo de contratação.
As paralisações desta sexta-feira em São Paulo contra as reformas da Previdência Social e Trabalhista atingiram 50 unidades da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em ato realizado no início da manhã em São Paulo, em frente à base da empresa na represa Guarapiranga, dirigentes da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) reforçaram a importância do dia nacional de greves e paralisações.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou o mercado, através de comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, que notificou o município de Guarujá de suas intenções de cessar a prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário, dando um prazo de 30 dias para que a prefeitura se manifeste. Em nota, a prefeitura tranquiliza a população afirmando que a Sabesp não pode cessar o fornecimento de água por ser um serviço essencial.
Cerca de 30 áreas de trabalho da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) amanheceram paradas, tanto na capital quanto no interior, nesta sexta-feira (11), Dia Nacional de Paralisações e Atos.
A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) informou nesta quarta-feira (1º de julho) que arrecadou R$ 64,1 milhões em abril com as multas para quem aumentou o consumo de água. O valor é 91% maior do que os R$ 33,6 milhões que a Sabesp deixou de receber ao oferecer bônus aos que reduziram o uso de água no período.
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) desperdiçou mais água tratada com os vazamentos de sua rede de distribuição do que a população conseguiu economizar motivada por bônus e multas.
Após o governador Geraldo Alckmin anunciar sigilo em documentos estratégicos do Metrô, Sabesp e Policia Militar, o Ministério Público Estadual (MPE) abriu quatro inquéritos, no intuito de investigar o desvio de função de servidores públicos. O MPE afirma que o governo tem usado brechas da Lei de acesso à Informação (LAI) para construir manobras jurídicas, impondo o sigilo e garantindo o não acesso da população aos dados de funcionamento dos serviços prestados.
Por Laís Gouveia e Dayane Santos
Nos próximos 15 anos, dados referentes ao cadastro técnico-operacional da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estarão sob completo sigilo. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado, no mês de maio. Na semana passada, o governo tucano também colocou sob sigilo informações estratégicas do metrô. Coincidência ou não, as companhias vêm sofrendo denúncias de má gestão e corrupção.
Por Laís Gouveia
As chuvas que caem em São Paulo nos últimos dias podem amenizar colpaso hídrico causado por gestão tucana e tirar de situação crítica as bacias que abastecem os municípios do interior do estado. As águas já aumentaram a vazão da bacia do Alto Atibaia, que abastece Campinas, dos 4,15m³/s registrados ontem para 12,64m³/s.
Entre janeiro e julho deste ano, o número de reclamações por falta de água na capital paulista aumentou 49% em relação ao mesmo período de 2014, chegando à marca de 153,8 mil protestos encaminhados à Sabesp. A pior situação é a de São Mateus, na zona leste, que teve aumento de 238% nas reclamações, indo de 1.405 para 4.750. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação pelo site Fiquem Sabendo e revela que a chamada redução de pressão vem afetando cada vez mais pessoas na cidade.
O professor de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará, Francisco de Assis de Souza Filho, afirmou durante sessão da comissão externa da Câmara dos Deputado, que a transposição do rio São Francisco “é extremamente importante para reduzir os riscos”, mas defendeu a implantação de um plano nacional de prevenção à seca.