País que rejeitou o lockdown, distanciamento social e máscaras como medida para combater a pandemia registrou recorde de mortes e tem mudado a abordagem contra o novo coronavírus.
Um fator que aparece nas respostas japonesas e suecas é o excepcionalismo nacional. A compreensão arrogante de que “nós” não apenas somos distintos dos demais, mas de alguma forma também superiores.
A cientista política Ana Prestes analisa os principais fatos do dia com destaque para a marca de 8 milhões de infectados pela Covid-19, os novos casos na China e na Nova Zelândia, países que já superaram o primeiro surto. Rússia, tensão na Península Coreana e entre China e Índia, o uso da cloroquina e hidroxicloroquina e uma vitória das pessoas LGBTs nos Estados Unidos também estão entre os assuntos destacados.
Um olhar panorâmico sobre os principais fatos da conjuntura mundial da cientista política Ana Prestes destaca a “conquista internacional” de ocupar a segunda posição em número de infectados pela Covid-19 e a quarta em relação aos óbitos. Outros temas em análise são os protestos antirracistas no EUA, que também se expandem pela Europa, a fuga de investimentos estrangeiros no Brasil, a renegociação da dívida argentina e a tentativa de Donald Trump de fomentar atritos entre os integrantes do G7.
Governo da Suécia enfrenta protestos por não ter adotado medidas de isolamento e conquistar os piores índices de mortalidade do mundo, sem qualquer efeito econômico positivo.
Dinamarca, Finlândia e Noruega estão debatendo se devem manter restrições de viagem à Suécia, ao passo em que facilitam o acesso a outros países europeus.
A Suécia prova que a crise econômica não é culpa do isolamento social, mas da pandemia. Lá não se impôs bloqueio total à vida pública ou às empresas, apesar do avanço da doença. Dados do banco central do país e dos principais think tanks suecos mostram que a economia é tão afetada ou mais que os vizinhos europeus.
O país escapou do desastre visto na Itália, mas teve muito mais mortos do que os vizinhos da Escandinávia. Se ainda é cedo para determinar os benefícios sanitários, já é possível pelo menos apontar um desfecho econômico ruim.
A Suécia vivenciou eleições nesse domingo (9), a primeira após a recepção de centenas de imigrantes no país. O partido de extrema-direita e xenófobo Democratas Suecos (DS) agora é a terceira principal força política do país
A Suécia, país de tradição social-democrata, vê nas vesperas das eleições o partido de extrema-direita ganhando força
A Suécia, país de tradição social-democrata, vê nas vesperas das eleições o partido de extrema-direita ganhando força
Uma jovem sueca obteve uma pequena vitória contra a onda anti-imigração que paira sobre a Europa. Nesta segunda-feira (23), ela impediu que um avião decolasse para não deixar que um afegão de 52 anos fosse deportado. A maioria dos passageiros sabem que a aeronave não pode decolar até que todos estejam sentados e com os cintos afivelados, desta forma, ela ficou em pé, em protesto, até que o homem fosse retirado do avião.