9º Concut: Central elege hoje nova Direção Executiva Nacional

Os 2.491 delegados do 9º Concut elegem, nesta sexta-feira (09/05), a próxima Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores. O eletricitário Artur Henrique dos Santos, o metroviário Wagner Gomes e a professora Lujan Miran

A tendência é que Artur Henrique, da  Articulação Sincical (ArtSind), seja eleito com, aproximadamente, 70% dos votos. Nas últimas semanas, ele travou uma disputa aberta, dentro de sua própria corrente, para barrar a candidatura à reeleição de João Felício, atual presidente da CUT.

A vitória de Artur ocorreu no voto — e por uma diferença de apenas 9,5%. Com a definição da candidatura, a ArtSind, uma vez mais, deixou de lado o pluralismo e dividiu os oito cargos mais importantes entre Artur e Felício. A Articulação terá o apoio da CSD (Corrente Sindical Democrática), que também é vinculada ao PT.

Resistência
Wagner Gomes, lançado pela Corrente Sindical Classista (CSC), concorre a presidência com o apoio de mais três tendências — O Trabalho, Articulação Sindical de Esquerda (ASE) e Tendência Marxista.

A chapa se chama “Por uma CUT independente, democrática e de luta — Para avançar no rumo das mudanças”. A coalização dessas várias correntes é uma clara resposta à postura hegemonista da Articulação. Wagner propõe uma CUT mais ativa na luta política do país e a consolidação do pluralismo.

Oposição total
De última hora, a Frente de Esquerda Sindical (FES) inscreveu sua chapa, com Lujan Miranda, do Piauí, na presidência. Ligada ao P-SOL, a chapa não apóia o governo Lula e faz acirrada oposição à ArtSind. Lujan será apoiada pela corrente Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSD).

Na opinião de José Marcos, um de seus membros, “a CUT se resumiu à direção majoritária”. Especula-se que a FES possa se desligar da central após o Concut. Os indícios ganharam força com o Manifesto Intersindical, distribuído pela tendência nesta sexta-feira, durante o congresso cutista.

A nova diretoria tomará posse ainda hoje, último dia do Congresso, e ficará à frente da CUT até 2009.

De São Paulo,
André Cintra