Irã reafirma que defenderá seus direitos “até o fim”

O Irã “resistirá até o fim” para defender seu direito à energia nuclear, apesar das ameaças de sanções da ONU, afirmou nesta quarta-feira (15/11) o presidente Mahmud Ahmadinejad, em discurso transmitido pela televisão.

“O povo iraniano resistirá até o fim para defender seu direito à energia nuclear”, declarou Ahmadinejad em discurso pronunciado em Sanandaj, capital do Curdistão iraniano.


 


“Graças a Deus, o tempo joga a favor do Irã e a cada dia que passa eles (os ocidentais) devem dar um passo atrás e reconhecer o direito do Irã, enquanto o povo iraniano dá um passo adiante na direção da tecnologia”, acrescentou.


 


Mahmud Ahmadinejad disse na terça-feira à imprensa que o objetivo do Irã é instalar 60.000 centrífugas, a fim de produzir combustível para as centrais nucleares civis, apesar da ameaça de sanções da ONU.


 


“Queremos produzir combustível (nuclear), é necessário então chegar a 60.000 centrífugas, estamos no começo do caminho”, afirmou ele.


 


Ahmadinejad acusou também as grandes potências de desejarem impedir o progresso dos povos. “Mentem ao dizer que são contra as armas nucleares e químicas porque seus depósitos estão cheios de armas atômicas e químicas”, declarou.


 


Os cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha não obtiveram um consenso em relação ao projeto nuclear iraniano e às pressões exercidas pelos Estados unidos contra a iniciativa. Um projeto de sanções contra o país persa foi repudiado tanto por China quanto por Rússia, e a própria Francça já deu mostras de que a solução não deve ser alcançada por meio de sanções como querem os EUA.


 


A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que o Irã continua com seu programa de enriquecimento de urânio, segundo especulou a mídia ocidental.  Esse relatório diz também que seus inspetores encontraram traços de plutônio em conteineres em Karaj, a oeste de Teerã.


 


O Irã classificou de “repetitivo” este informe da AIEA, informou a agência de notícias Mehr.


 


“O informe da AIEA é uma repetição dos parágrafos e das frases contidas nos informes anteriores e não traz nada de novo”, afirmou um funcionário iraniano à agência.