Socialista promete elevar mínimo em 20% na França

A candidata socialista às eleições presidenciais francesas, Ségolène Royal, lançou neste domingo seu programa de governo, com o qual espera reverter as pesquisas e se tornar a primeira mulher a presidir a França.

O plano com cem medidas, lançado na convenção do partido nos arredores de Paris, propõe um reforço aos programas sociais, incluindo aumentos no salário mínimo e no seguro-desemprego.


 


Segundo a agência Associated Press, Ségolène promete aumentar o salário mínimo dos atuais 1.254 euros para 1.500 euros (de cerca de R$ 3.500 para mais de R$ 4.100) “assim que possível”.


 


Ainda de acordo com a agência, a candidata promete elevar as aposentadorias em 5%, e manter a regra de que desempregados recebem 90% de seu salário corrente durante todo o primeiro ano de desocupação.


 


Estratégia


 


O correspondente da BBC em Paris Hugh Schofield disse que Ségolène é “a estrela política da segunda metade de 2006 na França”.


 


Mas, em segundo lugar nas pesquisas, a candidata tem sido criticada por demorar a divulgar o conteúdo do seu manifesto, alegando que a plataforma estava em fase de “consultas” com o povo francês.


 


Muitos no entorno de Ségolène temem que ela tenha cometido um erro ao revelar o conteúdo do seu programa apenas agora, dez semanas antes da votação.


 


O candidato de centro-direita que lidera as pesquisas, Nicolas Sarkozy, já está em campanha, prometendo uma “ruptura tranqüila” no país.


 


Suas maiores “rupturas” estariam no campo econômico, entre as quais a promessa de injetar liberalismo no já deficitário sistema social francês.


 


Sarkozy também é conhecido por suas duras políticas anti-imigração, e por endossar o discurso de que o fluxo de estrangeiros é a principal razão da sobrecarga das contas públicas do país.


 


Fonte: BBC Brasil