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Brasil se prepara para popularizar a internet 'pela tomada'

Os brasileiros poderão acessar a internet banda larga por meio da rede de energia elétrica ainda neste ano. Emília Ribeiro, conselheira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), garante que o seu relatório sobre a regulamentação da 'internet por t

Depois disso, as normas devem ser analisadas pelo Conselho Diretor da agência e, se forem aprovadas, as empresas já podem oferecer o serviço. “É muito importante decidir essa questão, porque é mais uma forma de expandir a banda larga para todo o país de forma mais barata, para aumentar a competição também”, afirmou a conselheira.


 


Ela diz que está ouvindo todos os setores interessados, e que algumas experiências já estão sendo realizadas no país. Com a transmissão de dados em alta velocidade pela rede elétrica, sistema conhecido como BPL, as tomadas residenciais passam a ser pontos de rede, se conectadas a um modem.


 


A conselheira explica que os dados serão transmitidos por meio de fio elétrico ou por outro cabeamento no poste de energia. O sinal da internet banda larga chega até as residências pela caixa de energia elétrica e é transmitidos por dentro da rede.


 


Outra bandeira defendida por Emília Ribeiro dentro da Anatel é a utilização da banda larga no serviço público. Segundo ela, o país pode economizar muito com a informatização de serviços como saúde, educação e segurança.


 


“Não se discute a importância disso – é uma necessidade. Mas a forma de fazer ainda está sendo amadurecida. É uma política de governo, depende da vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro (das Comunicações) Hélio Costa”, afirma Emília.


 


“Tenho certeza de que eles têm essa vontade. Quem não quer ver um governo informatizado? Mas temos muitos desafios, como a extensão territorial”, completa.


 


Segundo a conselheira, uma das alternativas para expandir o serviço seria por meio da universalização da banda larga nas escolas, com os sistemas de backhaul, que é a infra-estrutura de rede para conexão em banda larga.


 


“Não custa muito para o governo um estudo que faça o serviço chegar à segurança, à saúde, à cultura. Uma política de governo que tem uma iniciativa já feita e basta mais um fôlego para avançar. É uma questão inadiável, inaceitável”, defende. “Me sinto em uma agonia terrível por não conseguir que esse serviço seja disponibilizado para a nossa população.”