Jô vai ao congresso da UNE e destaca conquistas históricas

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) não só alertou para o fato de que, pela primeira vez no País, um presidente da República foi a um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), o que aconteceu em Brasília, quanto enumerou conquistas da categori

No âmbito das conquistas elencadas durante a abertura do 51º Congresso da UNE e reiteradas por Jô Moraes em plenário estão a criação de 12 novas universidades e os avanços verificados entre 2003-2009. Neste período saltou de 117 mil para 224 mil o número de novas vagas no ensino superior.”.


 


Neste âmbito, a parlamentar revelou que tramita na Câmara do Deputados projetos de lei criando mais quatro universidades, entre as quais duas de particular significado: “o que cria a Universidade Latino-Americana, dirigida exclusivamente para aprofundar e desenvolver a produção acadêmica e a geração de alunos, docentes, mestres e doutores de todos os países da América Latina; e outro que leva para a cidade de Redenção, no Ceará, a primeira Universidade África-Brasil”. Esta, conforme disse o presidente Lula, durante pronunciamento no congresso estudantil, “voltada a reparar a dívida histórica que nós, do Brasil, temos com os povos africanos que para cá vieram e sofreram toda a exploração”.


 


Pronunciamento
    
Eis a íntegra do discurso da deputada Jô Moraes feito na Câmara dos Deputados:


 


Hoje, nesta quinta-feira, na parte da manhã, foi iniciada o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Este não foi um congresso de acaso, de comprar tabelas e de cumprir tabela. Na preparação deste Congresso participaram e votaram 2 milhões de estudantes de todas as universidades públicas e 93% das universidades privadas. Dele participam 4 mil delegados que estavam, no ato de abertura, compartilhando um momento especial da vida da União Nacional dos Estudantes que era a presença do Presidente da República, pela primeira vez, nos 72 anos da União Nacional dos Estudantes.


 


Levanto aí, Senhor Presidente, caros deputados e queridas deputadas, porque é fundamental marcarmos o que há de novo neste processo, não apenas a presença do chefe de Estado do País que foi confrontar poderíamos dizer entre aspas com a presença de 4 mil jovens vindo de 27 Estados, sem qualquer receio, sabendo que ali haveria uma enorme diversidade.


 


Mas, não apenas a presença, pela primeira vez, do Presidente da República no Congresso da União Nacional dos Estudantes, mas o registro de algumas conquistas que nós precisamos registrar.


 


Em primeiro lugar, nós estamos prestes a aprovar neste plenário o projeto de lei que devolve a sede da União Nacional dos Estudantes, na praia do Flamengo, no Rio de Janeiro, queimada e destruída pela ditadura militar. O Estado brasileiro, na pessoa do Presidente Lula, reconhece que tem que reparar essa agressão realizada contra a entidade dos estudantes. Mais do que isso, registrou-se também que, nesses últimos anos do Governo do presidente Lula, no balanço lá apresentado, nós conseguimos criar 12 novas universidades.


 


Estão nesta Casa para serem aprovadas também mais 4 novas entidades, entre elas 2 particularmente que têm um significado especial: a Universidade Latino-Americana, dirigida exclusivamente para aprofundar e desenvolver a produção acadêmica e a geração de alunos, docentes, mestres e doutores de todos os países da América Latina; a outra,que está levando, Deputado Chico Lopes, para o Estado de V.Exa., o Ceará, na cidade de Redenção, a primeira Universidade África-Brasil, para reparar — como dizia o Presidente Lula no seu discurso — toda a dívida histórica que nós, do Brasil, temos com os povos africanos que para cá vieram e sofreram toda a exploração.
Avançamos de 2003 para 2009, de 117 mil vagas no ensino superior para 224 mil novas vagas.


 


Falo tudo isso porque naquele momento, naquele encontro entre o Presidente da República, o Estado Brasileiro, e a União Nacional dos Estudantes, entidade históricas representante desta imensa parcela do nosso País, foi apresentado pela Presidente da UNE um conjunto de reivindicações, que foram respondidas pelo Presidente, que dizia que radical não são aqueles que apenas fazem uma pauta de reivindicações, vão para as praças e deixam de lado qualquer entendimento; mas sim aqueles que apresentam suas reivindicações, que vão para a praça, como a União Nacional dos Estudantes, que vão para as ruas,mas sobretudo constroem em conversa e em discussão, com autonomia, com o Presidente da República ou com outras instâncias, uma nova proposta de política educacional para este País.
Parabéns UNE, pela sua história”.