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Lula defende presença do Estado na economia e promoção social

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender a importância do fortalecimento do papel do Estado na economia e na promoção do bem estar social aoo participar da abertura do Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social, em Brasília.

Lula disse que foram os governos que salvaram o mundo da crise econômica internacional. "Na hora que o alicate apertou, quem teve a confiança do povo e quem teve que fazer intervenção na economia foi exatamente o Estado, que foi desacreditado durante tanto tempo pelo Consenso de Washington, pelas políticas neoliberais", afirmou.

O presidente das República disse ainda o povo brasileiro foi um dos responsáveis para que a crise não causasse os mesmos danos que causou nas economias de outros países. "Aqui no Brasil, quem sustentou a crise econômica para não causar o estrago que a crise causou noutros países foi o povo brasileiro consumindo e o Estado brasileiro investindo", disse.

E ironizou, em portunhol, os empresários estrangeiros que se queixam da elevada carga tributária no Brasil. "Quem vem aqui pedir para a gente ter uma carga tributária pequena são os empresários dos países que têm a maior carga tributária do mundo e o maior estado de bem estar social do mundo", disse Lula. "Um país que tem uma carga tributária de apenas 10% ou 8% não pode fazer política social porque o Estado não existe", completou.

Problemas

Lula destacou a importância do simpósio internacional iniciado hoje para se compartilhar com outros países a experiência brasileira em políticas sociais. "As experiências do Brasil serão muito úteis a outros países desde que tenham ajuda financeira", disse.

O presidente chegou a sugerir que cada nação rica do mundo se disponha a "adotar" um projeto de desenvolvimento para algum país da África. "Se a gente não fizer isso, essa crise econômica, do jeito que está, pode até diminuir, mas os países que eram pobres vão ter mais problemas daqui para frente", afirmou.

O Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social vai até sexta-feira (7) e tem como principal objetivo analisar os avanços e os desafios dos países “emergentes” na superação da pobreza e da desigualdade.

A informação é da Agência Brasil