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Eleitores aprovam internet como meio de propaganda política

As eleições de 2010 prometem consagrar e aumentar o debate político na rede. O caminho já foi aberto com a sanção da lei da reforma eleitoral, no último mês de setembro. O texto libera o debate na internet, autorizando, inclusive, os sites a realizar encontros de candidatos livremente. Uma pesquisa feita pela Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra que os eleitores aprovam o uso livre da internet nas campanhas por partidos e candidatos.

 Segundo os dados, 60% dos entrevistados estão de acordo com a prática, enquanto 32% desaprovam e apenas 9% não souberam ou não responderam.

Por outro lado, a propaganda na televisão e no rádio – um dos meios mais tradicionais de campanha – não agrada os entrevistados. Segundo a pesquisa, 48% deles não gostam de acompanhar os programas dos candidatos, 24% gostam pouco, 21% gostam e apenas 6% gostam muito. 1% não soube ou não respondeu.

Os pesquisados também se mostram desconfiados das coisas que são ditas nas propagandas políticas. Os que não confiam na maior parte das informações transmitidas pelos candidatos somam 83% contra 10% que confiam.

O índice de rejeição dos políticos também é grande: 80% não confiam neles, enquanto 11% dizem confiar. Os “marqueteiros”, aqueles responsáveis pela propaganda dos candidatos, também sofrem de uma rejeição parecida: 86% dos entrevistados dizem não confiar no trabalho deles.

Para a diretora executiva do Ipesp, Marcela Montenegro, a grande desconfiança que a população em geral tem dos políticos acaba influenciando na imagem dos profissionais que trabalham na formulação das campanhas. “A imagem dos marqueteiros acaba contaminada. São imputadas a esses profissionais as ações e as promessas dos candidatos”, diz Marcela.

Fenômeno parecido acontece com os noticiários políticos nos jornais, rádio, internet e TV. Embora os leitores digam confiar no trabalho dos jornalistas (58%), eles se mostram desconfiados quanto aos meios de informações. Os noticiários do rádio (61%), TV (60%), internet (59%) e jornais (46%) não são aprovados pelos pesquisados.

A pesquisa foi feita com 2 mil eleitores nas cinco regiões do país. A margem de erro é de 2,2 pontos para mais ou para menos.

Fonte: Revista Época