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Movimentos pautam Reforma Agrária na Cúpula dos Povos

Representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e da Coordenação Latino-americana de Organizações do Campo (CLOC) destacaram a necessidade da implantação da Reforma Agrária como modelo de desenvolvimento para o campo diante às crises em que vive o planeta. A discussão foi acompanhada por integrantes de movimentos sociais de todo o mundo durante a Cúpula dos Povos sobre mudanças climáticas, encerrada nesta quinta (22/4) em Cochabamba (Bolívia).

A integrante da CLOC e da Via Campesina Internacional, Itelvina Masioli, chamou atenção que a Reforma Agrária integral garantirá a soberania alimentar dos povos. Para Itelvina, a Conferência dos Povos “deve ajudar a construir uma grande aliança entre governos, como o da Bolívia e dos países da Alba, e os povos do mundo, para que juntos busquem enfrentar o projeto de morte”. Ao se referir ao "projeto de morte", Itelvina fez referência às formas do capitalismo no campo, como o agronegócio e a monocultura. 

A Alba é a Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, proposta por Hugo Chávez como alternativa de integração solidária e também um contraponto à engavetada Área de Livre Comércio das Américas (Alca), proposta pelos Estados Unidos na década de 90.

Centenas de pessoas manifestaram sua insatisfação quando uma porta-voz leu, em meio a vaias, uma carta do secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. Os movimentos sociais ficaram insatisfeitos com o papel da organização nas negociações oficiais sobre mudança climática, especialmente depois da última Conferência de Copenhague.

Da redação, com MST