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Participante de parada LGBT é baleado e acusa militares

Um estudante de 19 anos, identificado apenas como Douglas, foi baleado na barriga, no início da madrugada desta segunda-feira, nas pedras do Arpoador. De acordo com a mãe do jovem, a universitária Viviane, de 37 anos, o filho e um grupo de amigos, todos homossexuais, estavam conversando e alguns namorando nas pedras, quando foram abordados por militares do Exército, por volta de meia noite e meia. Um deles, após agredir Douglas, atirou no rapaz. Comando Militar nega versão da vítima.

Com medo de ser identificada e sofrer represálias, a mãe de Douglas não informou o sobrenome da família.

O grupo de jovens tinha participado da 15ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas Gays Bissexuais e Travestis) , que aconteceu domingo (14), em Copacabana, e depois seguiu para a Praça Arpoador, na praia do Arpoador.

"É um caso de intolerância, com certeza. Eles agrediram meu filho, jogaram ele no chão e deram um tiro. Fico assustada em saber que isso aconteceu", contou Viviane.

Morador de Campo Grande, Douglas foi levado por policiais militares para o Hospital Miguel Couto, na Gávea. O tiro de fuzil perfurou a barriga e saiu pelas costas do estudante. Apesar do ferimento, ele não corre risco de vida.

Policiais civis da 14ª DP (Leblon) estiveram no hospital e registraram a ocorrência. Douglas, no entanto, não teve condições de prestar depoimento.

O Comando Militar do Leste negou nesta seguan-feira (15), em nota, que o estudante tenha sido baleado por militares do Forte de Copacabana.

A polícia do Rio pediu ao Comando Militar do Leste a lista dos militares que estavam em serviço na noite de domingo. No entanto, o Exército nega a possibilidade de o disparo ter sido feito por um militar, já que não há patrulhamento fora dos limites do forte. O rapaz foi socorrido no Hospital Miguel Couto e já foi liberado.

Fonte: O Globo
Atualizado às 13h44 para acréscimo de informações.