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Via Campesina promove atos por Justiça Climática 

Milhares de mulheres, homens, jovens e crianças afetados pela destruição do ambiente, agricultores, camponeses sem-terra, povos indígenas e ativistas de todos os setores sociais voltam às ruas de Cancún e de todo mundo como parte do Dia da Ação Global pela justiça climática que se celebra nesta terça-feira (7), e que foi convocada pela Via Campesina
Internacional.

Em Cancún, México, se realizou uma marcha dentro dos marcos do Fórum Pela Vida, Justiça Social e Ambiental. Seu lema principal foi “"Camponesas e camponeses esfriamos o planeta"”, que resume as propostas dos povos, integrantes das resoluções que saíram da Conferência do Clima em Cochabamba, Bolívia, em maio de 2010.

Com bandeiras, cartazes e muita música os manifestantes anunciaram diante dos líderes mundiais sua oposição aos mecanismos que se pretendem impor na COP 16, entre elas as propostas de mercado para o Comércio de Carbono, REDD, os agrocombustíveis e a geoengenharia que são as principais falsas soluções que querem impor aos povos do mundo.
A marcha saiu às 9h da Unidade Esportiva Jacinto Canek, onde se concentraram aproximadamente 10 mil pessoas, que percorreram as principais avenidas e ruas do centro da cidade.

Essa ação será parte de milhares de atividades que acontecerão em todo mundo, em toda América Latina, Ásia, Europa e África bem como nos Estados Unidos e Canadá.

As ações incluem assembleias populares, plantões e fóruns na Coréia, Equador, Peru, Uruguai, Brasil, Nepal, Turquia e ações de massas na Índia, Argentina, Indonésia, El Salvador, Filipinas e México. Estima-se que estas ações e eventos reunirão a mais de 1 milhão de pessoas.

O poder popular que se gerará com as ações busca levar soluções justas e sustentáveis em escala para resolver a crise climática que hoje nos afeta. Neste contexto, as negociações da COP 16 podem ser vistas em sua verdadeira perspectiva: como um pequeno setor da esfera da mudança climática – e especificamente na arena impulsionada pelas corporações multinacionais.

Essas negociações estão mais orientadas para a poupança das empresas de combustíveis fósseis e o sistema econômico neoliberal do que na tomada de decisões difíceis e necessárias para criar justiça social e ambiental.

Fonte: MST