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Após acusações, Irã estuda rever colaboração com AIEA

O Parlamento iraniano estuda reconsiderar a colaboração do país com a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), após a divulgação na última terça-feira (08) de um relatório que acusa o país persa de ter trabalhado com meios para fabricar armas atômicas. O documento, no entanto, admite que não há provas que o Irã tenha decidido fabricá-las. A acusação foi taxativamente negada pela República Islâmica.

O presidente do Parlamento, Ali Larijani, considerou inadmissível que o relatório, redigido pelo secretário-geral da AIEA, Yukiya Amano, tenha sido elaborado "sob ordens dos Estados Unidos e do regime sionista (Israel)".

"Nos últimos anos, o organismo foi autorizado a realizar inspeções em locais do Irã (relacionados com seu programa nuclear), além dos compromissos iranianos com o TPN (Tratado de Não-Proliferação Nuclear)", destacou o presidente do Parlamento.

Ele criticou a AIEA por aceitar informações de Israel, um país que não é signatário do TPN e inimigo declarado do Irã.

"É vergonhoso para o organismo que o porta-voz do regime (de Israel) confirme explicitamente que o relatório do secretário-geral (da AIEA) inclui todo o conteúdo por esse regime ao organismo", assinalou Larijani.

Israel, segundo organizações internacionais de estudos militares, é a única potência nuclear do Oriente Médio e dispõe de um arsenal estimado de 300 armas atômicas não declaradas.

Por este motivo, o presidente do Parlamento pediu ao Comitê de Segurança Nacional e Política Externa a apresentação dee propostas para reformar as relações entre o governo e a agência.

O Irã reiterou que seus objetivos são civis, especialmente para geração de energia elétrica e usos médicos.

Fonte: Opera Mundi